Na última semana, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação para cumprir dois mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e um de busca e prisão temporária em São Paulo. De acordo com a PF, a chamada Operação Decrypt foi realizada para investigar a participação de um indivíduo em uma organização de cibercriminosos transnacional, especializados em ciberataques de ransomware.
Segundo a nota oficial, esse tipo de ataque pode causar prejuízos financeiros e operacionais, ao interromper serviços e perdas de informação ou faturamento. Além disso, a polícia reforçou que as medidas judiciais foram autorizadas a partir de indícios da prática de invasão de dispositivos, extorsão digital, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Outro ponto explicado pela PF é que a operação é resultado de sua parceria com a polícia internacional. “A Operação Decrypt é resultado de cooperação policial internacional, realizada por meio da Rede 24/7, mecanismo previsto na Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos, que permite o intercâmbio rápido de informações entre autoridades de diferentes países”, afirma o comunicado oficial.
A Polícia Federal também realizou outra operação para desarticular um grupo criminoso que utilizava ilegalmente contas governamentais para acessar sistemas vinculados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na Operação Acesso Restrito, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos suspeitos nas cidades de Canoas, Alvorada e Viamão. Segundo o comunicado da Polícia, os criminosos invadiam o sistema RENAJUD, que realiza bloqueios judiciais de veículos, com o intuito de excluir determinadas restrições veiculares.
A Security Report disponibiliza na íntegra o comunicado oficial da PF:
“ A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (17/10), a Operação Decrypt, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e de um mandado de busca e outro de prisão temporária em São Paulo.
A investigação tem como objetivo esclarecer a participação de um cidadão brasileiro em uma organização criminosa transnacional especializada em ataques cibernéticos do tipo ransomware — modalidade em que sistemas são invadidos, os dados são criptografados e, em seguida, é exigido o pagamento de resgate, geralmente em criptomoedas, para a liberação das informações.
Esse tipo de ataque causa graves prejuízos financeiros e operacionais às vítimas, com interrupção de serviços e perdas que podem alcançar milhões de reais.
As medidas judiciais foram autorizadas com base em indícios da prática de invasão de dispositivos informáticos, extorsão digital, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A Operação Decrypt é resultado de cooperação policial internacional, realizada por meio da Rede 24/7, mecanismo previsto na Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos, que permite o intercâmbio rápido de informações entre autoridades de diferentes países.”
*Com informações do Portal G1