A Polícia Federal abriu nesta quarta-feira (24) uma nova operação para investigar um incidente cibernético ocorrido na Caixa Econômica Federal em 2020. As autoridades cumpriram 193 ordens judiciais de sequestro de bens e valores, além de mandados de busca e apreensão nas cidades de Montes Claros, em Minas Gerais, e Itajaí, em Santa Catarina.
As medidas judiciais, de acordo com nota publicada pela PF, foram cumpridas contra pessoas suspeitas de liderarem o grupo cibercriminoso responsável pelo ciberataque. Há quatro anos, a página de internet da Caixa voltada para movimentações bancárias de prefeituras municipais, foi invadida, permitindo que 150 contas de 40 prefeituras de todo o país tivessem transações irregulares.
Apenas na região norte de Minas Gerais, duas prefeituras afetadas pelo ataque tiveram R$ 2 milhões movidos indevidamente de suas contas. Além disso, cerca de R$ 1,6 milhão foi tirado da conta de um ente público por meio de quitação de boletos e transferências junto à CEF baseada em Montes Claros. A polícia afirmou que já indiciou os autores.
“As investigações revelaram que, por meio da invasão de contas bancárias, foram efetuadas centenas de operações de transferências e pagamentos de boletos destinando o valor furtado de forma fracionada para cerca de 200 pessoas, em sua maioria, utilizadas como contas de passagem”, acrescenta o comunicado da PF.
Embora os fatos investigados se reportem à conta bancária em agência da Caixa em Montes Claros, os envolvidos são originários dos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e do Distrito Federal. “Os trabalhos policiais permitiram identificar os principais articuladores das fraudes que responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro”, encerra a Polícia Federal.
Neste último mês, as autoridades do país tem fechado o cerco contra grupos cibercriminosos e fraudadores, que tem mirado ações contra os bancos públicos do governo federal. Em caso recente, a Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou um grupo cibercriminoso que invadia sistemas do Banco do Brasil. A operação visou prender suspeitos de hackear agências bancárias, com seis mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão.
A Security Report publica, na íntegra, nota veiculada pela Polícia Federal:
“A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira, 24/7, em Montes Claros/MG e Itajaí/SC, busca e apreensão e 193 ordens judiciais de sequestro de bens e valores no combate ao crime de fraude bancária praticado pela internet.
Cerca de R$ 1,6 milhão foi subtraído da conta bancária de um ente público por meio de quitação de boletos e transferências bancárias junto à Caixa Econômica Federal na cidade de Montes Claros.
As medidas judiciais foram cumpridas hoje na cidade de Itajaí e recaem sobre pessoas suspeitas de integrarem a liderança do grupo articulador do crime.
As investigações revelaram que, por meio da invasão de contas bancárias, foram efetuadas centenas de operações de transferências e pagamentos de boletos destinando o valor furtado de forma fracionada para cerca de 200 pessoas, em sua maioria, utilizadas como contas de passagem.
Os trabalhos policiais permitiram identificar os principais articuladores das fraudes que responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Embora os fatos investigados se reportem à conta bancária em agência da CAIXA em Montes Claros, os envolvidos são originários dos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e do Distrito Federal.
Entenda o caso
Em 2020 a página da internet da CAIXA, disponibilizada para movimentações bancárias de prefeituras municipais, sofreu um ataque cibernético.
As investigações iniciaram após denúncia da CAIXA de que 150 contas bancárias de titularidade de 40 prefeituras de diversas regiões do país haviam sido invadidas. A CAIXA suportou o prejuízo, ressarcindo as prefeituras.
Somente na região do Norte de Minas Gerais, duas prefeituras tiveram suas contas bancárias invadidas e foram subtraídos cerca de R$ 2 milhões. A Polícia Federal indiciou os autores.”