Polícia do Piauí prende suspeito de invadir Tribunal de Justiça do estado

A operação contou com suporte das autoridades civis de Goiás e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. De acordo com a instituição, a ação visava coibir o uso de credenciais roubadas dos sistemas da corte para interferir em decisões judiciais

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A Polícia Civil do Piauí deflagrou hoje (06) a operação Hard Reset, com o objetivo de apurar ações cibercriminosas que teriam atingido os sistemas de acesso do Tribunal de Justiça do estado. Ao todo, foram cumpridos um mandado de prisão temporária e outro de busca e apreensão contra um suspeito no município de Itumbiara, em Goiás, e contou com apoio das autoridades goianas e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

Segundo nota divulgada pela Secretaria de Segurança piauiense, a investigação teve início após um magistrado do Tribunal de Justiça do Piauí alertar que teve suas credenciais institucionais comprometidas. Por meio desses acessos indevidos, o agente hostil era capaz de realizar bloqueios bancários fraudulentos e emitir ordens judiciais falsas.

 

“Com base nos indícios apresentados em relatórios técnicos e manifestações do Ministério Público, a Central de Inquéritos de Teresina autorizou as medidas judiciais. A operação visa identificar e responsabilizar os envolvidos na invasão de dispositivos institucionais, que comprometeram a integridade de sistemas públicos e representaram risco direto à ordem pública”, acrescenta o comunicado.

 

O comunicado comenta que a ação integra as estratégias do programa Pacto pela Ordem, promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí (SSP-PI), com articulação interestadual e apoio do Governo Federal. “A ação foi realizada por meio da Superintendência de Operações Integradas (SOI) e da Diretoria de Inteligência da PCPI (DIPC), com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab)”, encerra a nota.

 

As autoridades policiais de todo o país tem se mobilizado para coibir incidentes cibernéticos por todo o país, que impactam diretamente o poder público e a sociedade civil brasileira. Um caso recente se deu também em Goiás, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa especializada em praticar crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro contra usuários do sistema bancário que tiveram dados vazados e expostos na Dark Web.

 

Além desse caso, houve também a operação Cavalo Fantasma, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo, para desmantelar um grande esquema de fraudes financeiras operada em Guarulhos, na região metropolitana da capital. Os golpistas utilizavam meios digitais para mover uma diversidade de golpes financeiros, operando em escala empresarial.

 

A Security Report publica, na íntegra, nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí:

 

“A Polícia Civil do Estado do Piauí (PC-PI), deflagrou na última terça-feira (05), a Operação Hard Reset, com foco no combate a crimes cibernéticos graves relacionados à invasão de sistemas judiciais protegidos. A ação foi realizada por meio da Superintendência de Operações Integradas (SOI) e da Diretoria de Inteligência da PCPI (DIPC), com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), vinculado à Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

 

Durante a operação, foram cumpridos um mandado de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão no município de Itumbiara, em Goiás, como parte de uma investigação que apura a atuação de uma organização criminosa com articulação interestadual.

 

A apuração teve início após a invasão das credenciais institucionais de um magistrado do Tribunal de Justiça do Piauí, que foram utilizadas indevidamente para realizar bloqueios bancários fraudulentos e emitir ordens judiciais falsas. Com base nos indícios apresentados em relatórios técnicos e manifestações do Ministério Público, a Central de Inquéritos de Teresina autorizou as medidas judiciais.

 

A Operação Hard Reset visa identificar e responsabilizar os envolvidos na invasão de dispositivos institucionais, que comprometeram a integridade de sistemas públicos e representaram risco direto à ordem pública.

 

O nome da operação faz referência ao termo da tecnologia “hard reset”, que significa restaurar um sistema ao seu estado original, simbolizando o objetivo da operação de recuperar a segurança e a confiabilidade dos sistemas atacados.

 

A ação integra as estratégias do programa Pacto pela Ordem, promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí (SSP-PI), com articulação interestadual e apoio do Governo Federal”.

 

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