Polícia Civil do Rio abre investigação contra ciberataque à empresa de logística

Operação das autoridades, batizada de “Fantasma”, promoveu diligências de busca no centro-sul do estado fluminense, com vistas a apurar a origem do vazamento de dados. A companhia realizou comunicação formal à ANPD e contratou uma consultoria especializada para gerenciar a recuperação do sistema

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), por meio da Delegação de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), deflagrou a Operação Fantasma com o objetivo de apurar um possível esquema de ataque cibernético, roubo de informações e extorsão contra uma empresa de logística, cujo nome foi mantido em sigilo. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na região centro-sul do estado fluminense.

 

Em nota divulgada pela corporação, a companhia de logística recebeu a possibilidade de um incidente cibernético no último dia 6 de agosto, por meio de um e-mail enviado pelo cibercriminoso. Na mensagem, o agente hostil exigia US$ 10 mil em criptomoedas para que não fossem expostos dados confidenciais da empresa de logística, dos parceiros e de clientes.

 

Diante da possibilidade de um ciberataque, a companhia vítima buscou apoio de uma organização especializada da indústria de Cibersegurança e realizou uma comunicação formal à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Os endereços verificados pela ação policial são ligados a um suspeito de ter direcionado o e-mail à companhia.

 

“Segundo relato dos responsáveis pela companhia, no dia seguinte, as ameaças permaneceram e foram enviadas informações internas para mais de vinte fornecedores, o que causou danos à reputação e confiabilidade da empresa Os ataques continuaram e, na última semana, houve uma invasão ao WhatsApp da empresa e vários funcionários passaram a receber mensagens padronizadas solicitando o contato do CEO.”, prossegue a nota divulgada pela PCERJ.

 

A publicação encerra informando que, durante a operação, foram apreendidos e analisados aparelhos tecnológicos que permitiram confirmar que o suspeito era, de fato, o autor dos crimes. As investigações seguem, a fim de responsabilizá-lo criminalmente. As diligências ainda receberam o apoio de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

 

As Polícias Civis dos estados brasileiros seguem fechando o cerco contra operações cibercriminosas do país, partindo cada uma de frentes diversas das suas realidades locais. No recente incidente cibernético envolvendo a C&M Software, por exemplo, A Polícia Civil do Estado de São Paulo anunciou a prisão de um suspeito de envolvimento no ataque.

 

A Security Report divulga, na íntegra, nota publicada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro:

 

Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) realizaram, neste domingo (17/08), a “Operação Fantasma”, para apurar ataques cibernéticos e extorsão contra uma empresa de logística. Os endereços, em Engenheiro Paulo de Frontin, são todos ligados ao principal suspeito de ter realizado as invasões. As diligências contam com o apoio de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

 

De acordo com os agentes, o primeiro contato do criminoso foi no último 6 de agosto, por meio de um e-mail. Ele exigiu US$ 10 mil em moedas virtuais para que não fosse divulgado conteúdo confidencial da empresa, de clientes e de fornecedores. Diante da possibilidade de um ataque cibernético, a companhia vítima contatou a especializada e realizou comunicação formal à Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

 

Segundo relato dos responsáveis pela companhia, no dia seguinte, as ameaças permaneceram e foram enviadas informações internas para mais de vinte fornecedores, o que causou danos à reputação e confiabilidade da empresa. Os ataques continuaram e, nesta quarta (13/08), houve uma invasão ao WhatsApp da empresa e vários funcionários passaram a receber mensagens padronizadas solicitando o contato do CEO.

 

Durante a operação foram apreendidos e analisados aparelhos tecnológicos que permitiram confirmar que o suspeito era, de fato, o autor dos crimes. As investigações seguem, a fim de responsabilizá-lo criminalmente.

 

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