O parlamento alemão aprovou nesta sexta-feira uma lei que o governo diz que apertará a supervisão da agência de espionagem BND, enquanto críticos em um país particularmente sensível a violações de privacidade insistem que a reforma faz exatamente o oposto.
A seção mais controversa da lei é uma cláusula que permite que o Bundesnachrichtendienst intercepte comunicações de entidades estrangeiras e indivíduos em solo alemão e no exterior que passem por um grande ponto de trocas de tráfego internet em Frankfurt.
O governo diz que isto é necessário para detectar o possível planejamento de ataques por militantes na Alemanha ou na Europa.
“Como nós queremos encontrar suspeitos de terrorismo? Como queremos detectá-los se não através destes meios?”, questionou Clemens Binninger, um parlamentar do partido conservador da Chanceler Angela Merkel.
As mudanças legais alarmaram alguns alemães que dão grande importância à privacidade em meio às persistentes memórias da Gestapo nazista e a polícia de segurança Stasi, da antiga Alemanha Oriental.
A lei estipula que através desta atividade não pode ser descartado o fato de que as comunicações de cidadãos e entidades alemãs também podem ser acidentalmente interceptados, uma grande mudança para a BND, que foi proibida de espionar alemães.
* Com informações da Agência Reuters