Em um mundo onde a cada 11 segundos acontece um ataque cibernético, a melhor arma para combater o cibercrime é a união entre regulação para proteger usuários e dados e a Tecnologia da Informação. Essa foi a tônica do Keynote de abertura do segundo dia do Congresso Security Leaders, realizado por Gustavo Araújo, CEO e fundador do Distrito, plataforma de inovação digital.
“Tínhamos um ataque virtual a cada 40 segundos em 2016; já em 2021, ocorreu um ataque cibernético a cada 11 segundos”, comparou Araújo. Segundo ele, os ciberataques cresceram durante a pandemia do novo coronavírus e somente os incidentes baseados em ransomware cresceram 93%. Esses são os dados do relatório Insights Cybertech Report, da Distrito.
Com 9 milhões de ataques, o Brasil é o quinto país no ranking global de ameaças virtuais. Os custos associados a esse tipo de crime tecnológico baterão a cifra de US$ 10 trilhões até 2025. O índice de crescimento dessas ocorrências é de 15% ao ano, enumerou Araújo.
Mas nem tudo são notícias ruins nesse segmento. As empresas aumentaram os investimentos e o orçamento em cibersegurança crescerá 71% também até 2025. O Brasil melhorou 23 posições no ranking mundial de segurança online. “Muito dessa melhora se deve a esses investimentos e à chegada da Lei Geral de Proteção de Dados”, disse ele.
Para os próximos anos, Araújo imagina que os ataques baseados em ransomware irão aumentar e que a adoção de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) será outro filão para o cibercrime. “Por outro lado, regulações mais duras e adoção de soluções baseadas em blockchain aumentarão a segurança de sistemas digitais”, completa o CEO do Distrito.
Araújo comentou ainda o crescimento de startups com foco em cibersegurança. “No Distrito, temos 223 startups nesse segmento, gerando 7200 vagas de emprego e movimentando investimentos na ordem de US$ 395 milhões”. Dessas empresas, 25% são ID Techs, companhias focadas na criação de soluções de identificação e controle de acesso.