Um novo centro de comando militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para deter hackers deve contar com uma equipe completa em 2023 e será capaz de montar seus próprios ataques cibernéticos, mas a aliança ainda está lutando com as regras básicas para isso, disse um general sênior a Alemanha. As informações são da agência Reuters.
Embora a Otan não tenha suas próprias armas cibernéticas, a aliança liderada pelos Estados Unidos estabeleceu um centro de operações em 31 de agosto em seu centro militar na Bélgica. Os EUA, o Reino Unido, a Estônia e outros aliados estão desde então oferecendo suas capacidades cibernéticas.
As redes de computadores e comunicação da Otan enfrentam centenas de tentativas de invasão todos os meses, segundo a Agência de Comunicação e Informação da Otan. Especialistas afirmam que a Rússia, a Coreia do Norte e a China estão constantemente implantando sofisticadas armas cibernéticas e software de vigilância.
As acusações feitas por governos ocidentais neste mês, de que a Rússia promoveu uma campanha global de hackers, elevaram o perfil da estratégia em evolução da Otan, na medida em que os governos aliados buscam responder a tais ataques. A União Europeia discutiu suas opções, incluindo um regime especial de sanções econômicas contra os cibercriminosos.
Quando estiver totalmente operacional, o centro cibernético pretende coordenar a dissuasão da Otan por meio de uma equipe de 70 especialistas apoiados por inteligência militar e informações em tempo real sobre hackers, desde militantes islâmicos até grupos do crime organizado que operam em nome de governos hostis.
A Otan reconheceu formalmente o ciberespaço como uma nova fronteira na defesa, juntamente com a terra, o ar e o mar, o que significa que as batalhas poderiam, a partir de agora, ser travadas em redes de computadores.
O centro pode potencialmente usar armas cibernéticas que podem derrubar mísseis inimigos ou defesas aéreas, ou destruir redes de computadores de inimigos se os comandantes julgarem que um ataque cibernético é menos prejudicial à vida humana do que uma ofensiva tradicional com armamento vivo.
*Com informações da agência Reuters