A cibersegurança nunca foi tão essencial quanto agora. 2024 foi marcado por grandes desafios no campo da proteção digital, com ataques cada vez mais complexos que miram setores importantes da sociedade, como educação, finanças e saúde. Além disso, a consolidação de tecnologias como Inteligência Artificial apresenta um cenário repleto de desafios e oportunidades para empresas que buscam não só se proteger, como manter a continuidade de seus negócios.
“Infelizmente, a tendência é que novas ameaças apareçam diariamente, explorando brechas em sistemas, redes e dispositivos conectados, com os mais variados objetivos maliciosos”, explica Luiz Ricardo Guimarães, gerente de cibersegurança da ISH Tecnologia, referência nacional em cibersegurança. “Ao mesmo tempo, inovações como o desenvolvimento exponencial da IA se apresentam, na mesma medida, como grandes aliadas e poderosas ferramentas nas mãos de criminosos.”
De acordo com a companhia, dentre as principais tendências e previsões do cenário digital para 2025, destacam-se:
Consolidação da Inteligência Artificial: As ferramentas de IA seguirão em destaque, tanto pelos avanços que impulsionam sistemas autônomos, quanto pela crescente necessidade de governança e auditorias para garantir o uso seguro de dados processados. Paralelamente, a utilização maliciosa dessa tecnologia exige defesas mais sofisticadas, utilizando a própria ferramenta para combater ameaças como deepfakes (simulações realistas de pessoas) e spear phishing (phishing direcionado), que dificultam a detecção de fraudes. Nesse cenário, o equilíbrio entre inovação e segurança será vital para enfrentar os riscos crescentes.
Explosão do volume de dados e riscos multicloud – O volume global de dados deve ultrapassar 200 zettabytes em 2025, e intensificar os desafios de segurança em ambientes multicloud. A proteção de grandes repositórios de informação exige soluções robustas para mitigar violações que comprometem milhões de registros. “A complexidade crescente também expõe brechas exploradas por ataques sofisticados. Empresas que falharem em investir em segurança digital não apenas enfrentarão perdas financeiras, mas também sofrerão danos à confiança do consumidor e às suas reputações,” analisa Guimarães.
Ataques de ransomware impulsionados por IA – O ransomware é um dos maiores riscos digitais. Com foco em infraestruturas críticas e governos, esses ataques podem paralisar setores essenciais e gerar custos de resgates exorbitantes. Não bastasse apenas o seu potencial nocivo, quando impulsionado por Inteligência Artificial, o software malicioso é capaz de se adaptar a técnicas de phishing personalizadas e tornar sistemas tradicionais de defesa cibernética obsoletos.
A falta de respostas eficazes eleva o impacto dessas ofensivas e torna vital a automação e a orquestração de segurança. Diante desse contexto, a contenção de danos e interrupções operacionais só é possível por meio de uma coordenação ágil.
Escassez de profissionais de cibersegurança – Um velho problema do setor. Segundo pesquisas da ISH, com uma demanda projetada de 3,5 milhões de especialistas não atendida, as organizações precisam adotar soluções baseadas em automação e IA para preencher as lacunas. “Essa falta de talento sobrecarrega equipes existentes, aumenta erros humanos e a exposição a riscos. A competição por profissionais também pressiona orçamentos e torna ainda mais urgente o investimento em ferramentas inteligentes para proteção proativa”, explica Guimarães.
Novas fronteiras tecnológicas – A segurança em redes 5G, e eventualmente 6G, além dos dispositivos IoT, será crítica, já que mais de 15 bilhões de aparelhos vulneráveis terão sua superfície de ataque aumentada devido a proteção inadequada. Uma vez comprometidos, eles se transformam em pontos de entrada para ataques maiores, que afetam redes inteiras. Em infraestruturas críticas, a exploração de IoT’s pode causar erros operacionais, como interrupções no fornecimento de energia ou falhas em sistemas de transporte.
Já em outro campo, no caso das criptomoedas, o Blockchain, sistema que deu vida às moedas virtuais, promete expandir sua área de alcance.
Zero Trust e criptografia pós-quântica – Modelos que emergem como respostas à evolução das ameaças. O primeiro assegura que cada interação na rede seja verificada e auxilia na redução de riscos internos. Já a criptografia resistente a computação quântica será essencial para proteger informações sensíveis, transações financeiras e dados comunicacionais.
Para a ISH, inovação contínua e segurança integrada não são mais opcionais — são essenciais para a sobrevivência no mundo digital interconectado.