O que a Segurança aprendeu com o mundo sem perímetro?

Desafios vividos em 2020 geram lista de tarefas para CISOs em 2021, que inclui a jornada para nuvem e conformidade com a LGPD. Na visão da SonicWall, CISO lidera esses processos e é cada vez mais reconhecido nesse momento de transformação para o digital seguro

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Com a pandemia e a mudança para o modelo home office, surgiram muitas oportunidades para CISOs e empresas repensarem toda estratégia de Segurança da Informação para um ambiente cada vez mais digital. Nunca a tecnologia foi tão requisitada para garantir a proteção das aplicações e infraestruturas, não importando de onde parte o acesso do funcionário.

 

Com isso, houve uma ascensão do CISO, que se tornou cada vez mais estratégicos para suas organizações, colocando a segurança cibernética na pauta da discussão de toda companhia. O mundo mudou, o perímetro já quase não existe e os ambientes híbridos vieram para ficar.

 

“Os CISOs e CIOs estão lutando para obter o controle dessa nova situação. A capacidade e resiliência desses profissionais foi colocada à prova e o valor desses times é cada vez mais reconhecido no mundo corporativo. Nós temos casos de empresas usuárias com 400.000 funcionários que, por causa da pandemia, entraram em modelo de trabalho remoto em menos de 5 dias”, pontua Bob Vankirk, vice-presidente de vendas da SonicWall em entrevista à Security Report.

 

Na visão do executivo, o CISO se tornou um interlocutor com o C-Level, participando, inclusive, de definições de novos produtos da empresa. “Na economia digital, cada oferta tem de nascer segura”, acrescenta o executivo.

 

Neste cenário, um dos grandes desafios é garantir a proteção de aplicações rodando na nuvem. É comum ver na imprensa notícias sobre grandes vazamentos de dados, informações processadas em aplicações que rodam em nuvens privadas, públicas ou híbridas. Para a SonicWall, esse movimento para a cloud aumentou a procura pela solução de proteção às aplicações na nuvem como Office365 e SalesForce.

 

Conformidade que gera oportunidade

 

Outro desafio destacado por Vankirk é o processo de conformidade com a LGPD. Para ele, trata-se de uma jornada que vai além da tecnologia e o CISO precisa contar com o apoio de fornecedores alinhados com essa realidade, capazes de agregar valor aos projetos de adequação.

 

“É importante, também, que o CISO conte com o apoio de um fornecedor e de parceiros de canal que conheçam em profundidade a LGPD e atuem como trusted advisors da empresa usuária”, explica.

 

De acordo com Hojin Kim, vice-presidente de canais da SonicWall que também participou da entrevista com a Security Report, no Brasil, uma das maiores frentes de batalha será garantir a conformidade das empresas à LGPD.

 

“Essa realidade abre para os parceiros da companhia uma tonelada de oportunidades. Acredito que, em 2021, veremos cada vez mais parceiros brasileiros ganhando expertise sobre a LGPD e diversificando seus perfis de atuação”, diz o executivo.

 

Segundo ele, a ideia é garantir a conformidade dos ambientes digitais heterogêneos e de empresas de todas as verticais que enxergam na LGPD uma oportunidade para avançar nas melhores práticas de governança de TI.

 

“O resultado buscado pelas empresas vai além de cumprir a lei. As organizações que preservam a privacidade dos dados de seus clientes serão as preferidas por consumidores. Cada um desses ângulos é uma oportunidade de negócios para os parceiros SonicWall Brasil em 2021”, completa Kim.

 

Frente de batalha

 

Pautada nesse cenário, a SonicWall investiu neste ano em novos sistemas operacionais, estratégia que tem como objetivo unificar o funcionamento das soluções de segurança com objetivo de aumentar a eficácia da plataforma e a simplicidade de uso. A ideia é entregar ao CISO mais visibilidade sobre todos os ambientes digitais e garantir gerenciamento facilitado.

 

Para prever e bloquear novas ameaças, a SonicWall aposta no modelo Boundless Cybersecurity, que tem uma abordagem mais atual para a Segurança, com menor custo e menos intervenção humana. Esse novo portfólio, segundo Vankirk, vai muito além dos Next-Generation Firewalls. Ele explica que no Brasil, isso ocorre especialmente com duas novas ofertas:  SonicWall CAS e SD-WAN.

 

“O alto custo dos serviços de telecomunicações no Brasil cria um caso de uso para as soluções SD-WAN. E a acelerada digitalização da economia brasileira está fazendo centenas de milhares de empresas migrarem seus negócios para a Web. Nesse contexto, a proteção das Aplicações Web empresariais com a oferta CAS cabe perfeitamente para a continuidade dos negócios”, completa.

 

Hojin Kim acrescenta que o papel dos parceiros nessa estratégia é extremamente relevante. A Sonicwall entrega informações e relatórios gerados pelo time BlackBelt, do CaptureLabs, o que colabora para que parceiros ofereçam soluções estratégicas e atualizadas para os clientes.

 

“Dentro desse contexto, vale destacar a oferta de soluções de proteção de aplicações na nuvem, um ambiente que cresceu muito em 2020 e vai avançar ainda mais em 2021. Os parceiros que dominarem simultaneamente a disciplina segurança digital e o universo técnico das grandes nuvens saem na frente”, diz Kim.

 

Ele diz que os maiores ganhos para o canal e melhores chances de realizar vendas recorrentes está na oferta de segurança como serviço, algo estratégico para a SonicWall e que tem crescido no mundo todo, inclusive no Brasil. “Esse é o espaço onde há mais oportunidades de ganho financeiro e de market share e é algo especialmente vantajoso para os MSSPs brasileiros. Além disso, oferecemos a linha de crédito FlexSpend para atualização de data centers (virtuais ou locais)”, conclui o executivo.

 

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