O mercado financeiro vem passando por uma verdadeira transformação digital. Desde as fintechs, que revolucionaram os modelos de negócio, a chegada do Pix e Open Banking, as instituições financeiras vivem hoje o desafio de entregar serviços inovadores e cada vez mais conectados.
Em maio deste ano, o Banco Central anunciou que o atual modelo “Open”, seria substituído pelo Open Finance, o que nada mais é do que uma expansão do modelo original. Com esse novo serviço, mais instituições podem fazer parte deste sistema e não apenas os bancos e fintechs. Em um mundo cada vez mais digitalizado, a praticidade e facilidade são bem-vindas ao consumidor.
É justamente sobre esse universo que Marcos Donner, CISO da HypeFlame, destaca em sua palestra durante o Security Leaders Sul, apresentando uma analogia interessante envolvendo o surf, a imprevisibilidade do esporte e do mercado financeiro, além dos riscos envolvidos em suas práticas.
“É assim que vivemos no mercado financeiro por isso trouxe essa analogia. A imprevisibilidade do oceano em relação ao surf e o preconceito que o esporte já sofreu, é parecido com o que vivemos no setor. Nós saímos da margem em que as pessoas têm resistência no modelo Open e irão começar a compartilhar seus dados para benefício próprio. Isso porque as pessoas precisam ter uma manobra mais arriscada para ganhar vantagens no mundo financeiro”, diz.
Segundo ele, os brasileiros não precisam mais de bancos, mas de bancarização com amplo portfólio de produtos e serviços com baixo custo e alta segurança.
Donner comenta que a HypeFlame, uma TechCompany criada pelo Agibank, tem como foco tornar ainda mais relevante o papel da tecnologia no banco, além de prover a estrutura necessária para atender outras frentes de atuação que integram a estratégia da instituição.
O CISO da organização destaca alguns desafios relacionados à Segurança. São quatro componentes considerados fundamentais para uma estratégia eficiente: uso de dados em benefício do cliente, maturidade de SI e Cybersegurança, tecnologias e capacitação de profissionais.
“Vamos passar por situações, conceitos e processos que nos trazem grandes responsabilidades. O compartilhamento de dados é uma delas, por isso a Segurança precisa praticar esses componentes no cotidiano das operações”, finaliza o executivo.