O paradigma dos serviços compartilhados de Cyber Security

De acordo com Cristiano Pimenta, diretor de Serviços da Arcon, o melhor caminho é identificar sinergias entre segmentos de empresas e definir um plano de curto prazo para transição parcial e abertura de espaço para o core business

Compartilhar:

O cenário econômico do Brasil indica um alarmante sinal amarelo que afeta diretamente, já a curto prazo, as estratégias das organizações para o ano de 2017, trazendo desafios extras para o CIO: reduzir despesas, movimentar o CAPEX e o OPEX para que não sobrecarreguem o orçamento e, ainda, prover a segurança adequada. Afinal, não existe espaço para flertar com a possibilidade de prejudicar ainda mais o negócio, seja com a sua manutenção, seja na conquista de novos clientes.

 

As abordagens nas reuniões de diretoria e do conselho seguirão na mesma linha: busca por maior eficácia, ganho de escala, menor custo, conformidade com padrões, leis e regulamentações, transparência de governança e, por fim, da tal desejada flexibilidade tecnológica. Exatamente por isso que é recomendável que o CIO olhe para o cenário brasileiro ao analisar suas metas, avaliando alternativas de suporte e novos paradigmas a fim de inovar com a prudência que o momento exige.

 

Em recente publicação do Gartner Group foi lançada a visão do que seria um ecossistema digital e, nesta linha, que grupos independentes de atores (empresa, pessoas, coisas) poderiam compartilhar plataformas digitais padronizadas, visando alcançar um objetivo mutuamente benéfico. Além disso, diferentes ecossistemas poderiam coexistir se separados por geografia, mercado ou categoria.

 

Assim, trago à luz para maior reflexão a adoção de um modelo já praticado por outros segmentos, o modelo de Centro de Serviços Compartilhados, onde a inclusão do Cyber Security, tenho a convicção, tem seu espaço e o momento é apropriado para contribuir com os desafios já listados. Para tanto, o caminho é identificar sinergias, entre segmentos de empresas ou mesmo em empresas sob controle de holding, e definir um plano de curto prazo para transição parcial, abrindo espaço para maior dedicação ao core business.

 

De certo que o tempero adicional à adoção da estratégia de Serviços Compartilhados de Cyber Security deve passar pelo entendimento do modelo organizacional que o segmento está inserido, dos limites do negócio, da profundidade dos processos e das tecnologias envolvidas, de forma a coexistir, com segurança, sendo capaz de propiciar um ambiente autossustentável para geração de valor e, ao mesmo tempo, transparente para o usuário, sem grandes complexidades e veloz o suficiente para escalar a oferta e reduzir ao máximo potenciais perdas.

 

Por fim, para reflexão, quando compreendemos a curva de transição, que pela natureza do comportamento humano passa pela negação, raiva, negociação, aceitação do inevitável, abertura para explorar novas possibilidade e, por assim, se integrar à nova realidade, a mudança se completa quando a resistência (que faz parte do processo de transformação) é vencida, tendo como fruto os resultados esperados.

 

* Cristiano Pimenta é diretor de Serviços da Arcon

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Mercado

Hotéis na mira do vazamento de dados

Pesquisa da Symantec revela que sites podem vazar suas informações de reserva, permitindo que outras pessoas vejam os dados pessoais...
Security Report | Mercado

Tendências de segurança em Sistemas de Controle Industriais

Análise categoriza e classifica os riscos mais recorrentes após observação empírica; menos um terço dos riscos críticos e de alta...
Security Report | Mercado

Minsait amplia oferta de inteligência e segurança de redes com a Allot

Aliança entre as empresas tem como foco suprir a demanda do mercado de telecom brasileiro por dados analíticos com foco...
Security Report | Mercado

Boldon James lança solução de classificação de dados

OWA Classifier estende o suporte de classificação de dados do Outlook para o Microsoft Office 365