O Brasil precisa despertar para a Segurança da Informação

Segundo Leandro Turbino, diretor de Vendas da Micro Focus Brasil, nas empresas brasileiras os processos ainda são vistos como um fardo para a concessão de acesso e difíceis de auditar e validar mudanças

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Tendências globais apontam que, de uma maneira geral, o aumento do investimento em Segurança da Informação tem crescido consideravelmente. De acordo com o Gartner, apenas em 2015, o montante chegou a US$ 75,4 bilhões, 4,7% a mais em relação ao ano anterior. E, estimativas do próprio Instituto preveem que em 2016 essa marca deva ultrapassar os US$ 80 bilhões.

 

Mas se existe uma tendência global em aumentar os investimentos na área, por que ainda vemos diversas companhias com dificuldades neste setor? Ao que indicou uma pesquisa recente, realizada pela Micro Focus em parceria com o Instituto Ponemon, as organizações sabem que precisam ocorrer mudanças em operações de TI para melhorar a segurança, no entanto, devido a pressões causadas pela taxa de mudança de negócios, incluindo a adoção de novas tecnologias e aplicativos, as organizações muitas vezes sacrificam a segurança pela velocidade dos negócios.

 

A pesquisa global, Governança de Identidade e Gerenciamento de Acesso, mostra que devido à capacidade de conceder direitos de acesso estar com uma alta demanda, as organizações estão prematuramente capacitando os usuários de negócios a gerenciar o acesso por conta própria. Isso está levando ao aumento do risco em informações confidenciais, como dados de clientes e informações de funcionários, uma vez que existem lacunas nos controles, tais como sistemas de mainframe.

 

No Brasil, o levantamento destacou que a razão mais importante para as organizações estarem em risco é a falta de políticas de gerenciamento de acesso e aplicação das políticas que estão em vigor. Além disso, o aspecto mais difícil a ser implementado é a revogação ou alteração nos privilégios de acesso quando o trabalho de um funcionário é alterado ou encerrado. Para as empresas brasileiras, os processos ainda são vistos como um fardo para a concessão de acesso e difíceis de auditar e validar mudanças.

 

Ainda assim, observou-se que a falta de uma política de segurança bem definida representa uma barreira significativa e é tema de relevância dentro das companhias, contudo, para o mercado brasileiro a pauta ainda não figura entre as prioridades.

 

Ao contrário disso, a pesquisa da Micro Focus e o Instituto Ponemon revelou que o brasileiro vem dando ênfase à biometria como sendo uma tecnologia fundamental para a governança de identidade e gerenciamento de acesso. Este último, também recebe destaque ao ser associado aos dispositivos móveis e BYOD (sigla para bring your own device, ou traga seu próprio dispositivo), onde 65% dos entrevistados brasileiros consideram ser a tendência mais significativa dentro deste cenário.

 

O fato é, mesmo diante de um mercado em expansão e que tem movimentado cifras bilionárias, as companhias brasileiras têm o desafio de encontrar o equilíbrio necessário em suas prioridades para que a atuação em segurança não seja atropelada pela velocidade que os negócios acontecem e, assim, garantir a competitividade em um mundo onde a mobilidade vem ditando as regras e cada vez mais a segurança tem se tornado essencial.

 

* Leandro Turbino é diretor de Vendas da Micro Focus Brasil

 

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