Poucas indústrias cresceram em importância tão rapidamente quanto Nuvem e Colocation — tanto no mercado de data centers quanto em relação à sociedade como um todo.
Em nosso relatório contendo a classificação das Indústrias mais críticas do mundo, Nuvem e Colocation ficaram em quinto lugar, atrás das bem-estabelecidas indústrias Utilities, Transportes, Telecomunicações, e Produção de Óleo e Gás. Se efetuássemos a mesma análise daqui a dois anos, Nuvem e Colocation poderão muito bem classificar-se em posição ainda superior.
Para uma pessoa de fora do mercado de data center, a criticidade das indústrias classificadas acima de Nuvem e Colocation parece óbvia. Na indústria Utilities, por exemplo, o downtime pode literalmente paralisar a sociedade e colocar em risco a saúde humana, como vimos em Porto Rico após o furacão Maria.
O mesmo acontece com Transportes (aéreo e ferroviário), Telecomunicações, e Produção de Óleo e Gás. Há muito tempo essas verticais estabeleceram-se como indústrias essenciais à nossa economia e estilo de vida. Disrupções nessas indústrias fundamentais criam um efeito cascata que pode se alastrar pela sociedade e criar sérias consequências.
Será possível que, daqui a alguns anos, o mesmo poderá ocorrer com Nuvem e Colocation?
Em grande parte, a resposta a essa pergunta é sim. Com velocidade estonteante, os anos recentes viram Nuvem e Colocation emergirem como a coluna vertebral da economia digital.
Considere esses dados:
- Segundo dados de monitoramento da empresa de segurança na nuvem Okta, atualmente as empresas usam uma média de 16 aplicações na nuvem para suportar seu negócio.
- O instituto de análise de mercado Gartner projetou em 18 por cento o crescimento de serviços de nuvem para 2017, com o maior crescimento provindo de serviços de infraestrutura de sistemas para nuvem (36,8 por cento) e serviços de aplicações para nuvem (20,1 por cento). Essas estatísticas acompanham o crescimento explosivo em serviços de Nuvem e Colocation ocorrido nos três anos anteriores.
- Além de sua importância em suportar aplicativos e processos de negócios estabelecidos, Nuvem e Colocation desempenhará um importante papel em tendências transformativas emergentes, como Cidades Inteligentes e a Internet das Coisas.
É claro que a “nuvem” é, na realidade, apenas um data center ou uma rede de data centers físicos com um propósito específico. É esse propósito que coloca, em nossa classificação, Nuvem e Colocation acima de outras indústrias dependentes de data centers.
O mercado financeiro e o segmento de E-commerce, por exemplo, receberam notas altas em vários critérios usados na classificação, mas nenhum deles obteve um escore geral suficientemente alto para entrar em nossa lista das oito Indústrias Mais Críticas. O downtime nessas indústrias críticas não foi considerado tão impactante quanto disrupções ocorridas em serviços de Nuvem e Colocation. A interdependência entre os serviços de Nuvem e Colocation e os negócios e indivíduos que eles suportam é o que potencializa as possíveis consequências de uma disrupção. Você poderá ler mais sobre como as indústrias foram avaliadas no relatório completo ou nesta postagem de blog.
E não é somente a criticidade dos data centers de Nuvem e Colocation que está crescendo — sua influência no mercado de data centers também está aumentando.
Acima de tudo, Nuvem e Colocation proporcionam aos gestores de data centers uma nova opção que lhes permite rapidamente expandir a capacidade ou acrescentar aplicações. Graças à possibilidade de “terceirizar” capacidade de data center para um provedor de Nuvem ou Colocation, muitas empresas agora têm a agilidade necessária para melhor adaptar-se às mudanças em processos de negócios, mercados e tecnologia.
Isso criou uma alteração fundamental na economia de como a capacidade do data center é gerenciada.
Os provedores de Nuvem e Colocation também deixaram sua marca em tecnologia e arquiteturas de data center. Com um modelo de negócio que exige eficiência de capital para permanecerem competitivos e alta disponibilidade para assegurar lealdade, os provedores de Nuvem e Colocation foram instrumentais no crescimento de tecnologias capazes de atender aos mais exigentes SLAs com o menor custo possível.
Eles estiveram entre os primeiros a adotar arquiteturas de reserva de energia que atingem níveis de disponibilidade semelhantes a arquiteturas 2N com menos investimento de capital, maiores taxas de utilização e maior escalabilidade. Eles também ajudaram a promover a adoção de sistemas de economia que usam ar externo para otimizar a eficiência da remoção de calor e sistemas DCIM que fornecem visibilidade da localização e utilização de ativos.
Ao continuarmos a trilhar o caminho da digitalização, os serviços de Nuvem e Colocation crescerão em importância e se tornarão ainda mais críticos do que já são. Não é difícil imaginar esses serviços se tornando tão importantes em muitas áreas quanto as outras “utilities” de que dependemos diariamente. Eles também continuarão a investir em sistemas de infraestrutura que não apenas forneçam os maiores níveis de disponibilidade, mas, também, a eficiência operacional necessária à rentabilidade. Ao fazê-lo, eles aumentarão a eficiência do data center e isso beneficiará todo o mercado.
* Peter Panfil é vice-presidente global da vertical energia global Vertiv