O painel “O lado obscuro da IA: o que é hype e realidade?” abordou o crescente uso da Inteligência Artificial e como isso impacta os dados sensíveis das empresas. O painel, realizado nesta quarta-feira (22) em São Paulo, fez parte do Security Leaders Nacional.
Fabio Soares, Diretor de Cybersecurity da TIM Brasil, abriu o painel dimensionando o uso de ferramentas de Inteligência Artificial: “Nos EUA, cerca de 59% dos funcionários usam IA no trabalho e 45% deles compartilham dados sensíveis das empresas”.
Para Soares, isso aumenta os riscos ligados ao uso da IA, mas ele acredita que “já temos noção dessas ameaças, frameworks e ferramentas para lidar com esses riscos”.
Alan Buscarino, Diretor de Segurança de Informação do Grupo Boticário, por sua vez, vê oportunidades no uso de IA: “Conseguimos aumentar em 65% a conversão de vendas com o uso da tecnologia. Outras tecnologias também precisam ser olhadas com atenção, como a computação quântica”.
Interdisciplinaridade
Qual a formação necessária para lidar com a IA foi outro tema debatido pelos painelistas. Camilo Mussi, Subsecretário de Tecnologia da Informação do Ministério da Agricultura, falou da experiência no setor público: “Precisamos educar os usuários para lidar com a tecnologia e isso exige a criação de comitês interdisciplinares”.
Marcelo Luz, da Fortinet, abordou o volume de ataques cibernéticos em nível mundial: “A governança começa pela área de cibersegurança. Temos 35 mil ataques cibernéticos por segundo no mundo todo”.
Soares, da TIM, sugere uma solução radical para lidar com tantos riscos. “Todos os profissionais da empresa precisam ter acesso à IA? A única maneira de abordar esses riscos é educando os usuários, com uma boa governança de TI e muito treinamento”.