Mais da metade dos dispositivos hospitalares apresentam falhas de segurança

Nos últimos 12 meses houve um aumento de 123% dos ataques ranwasomweres aos sistemas hospitalares. A bomba de infusão, os monitores de frequência cardíaca e respiratório, além das máquinas de ultrassons são os equipamentos mais vulneráveis a ataques

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O ano de 2021 foi marcado por ataques a hospitais e sistemas de saúde. Mais da metade dos dispositivos médicos em hospitais estão vulneráveis a uma invasão cibernética. Um terço dos dispositivos de internet das coisas (IoT) usado nos leitos também correm risco. As informações foram divulgadas no relatório State of Healthcare IoT Device Security Report de 2022, da Cynerio, foram analisados dados de mais de 10 milhões de dispositivos IoT e de internet das coisas médicas (IoMT) em mais de 300 hospitais e instalações de saúde em todo o mundo.

 

O levantamento mostra que houve um aumento significativo de 123% nos ataques ransomwares nos últimos 12 meses. “Dispositivos médicos e de IoT conectados não protegidos aumentam as oportunidades de ciberataques no setor de saúde. Isso representa um grande risco para a segurança do paciente e da continuidade operacional dos hospitais. Isso corresponde a 500 casos de acometimentos cibernéticos e um prejuízo de mais de 8 milhões de dólares”, revela Amir Bar-El, fundador da CySource e especialista em cibersegurança.

 

Para Bar-El, essa situação é preocupante e grave. “Um ataque a esses equipamentos pode comprometer a segurança do paciente, a confidencialidade dos dados ou deixar o serviço indisponível. O que pode acarretar sérios danos à saúde das pessoas e até levá-las à morte”, explica.

 

Risco crítico

 

O documento lista dez dispositivos médicos suscetíveis a ataques. A bomba de infusão é um que corre os maiores riscos: representam 38% dos equipamentos hospitalares e 73% têm uma vulnerabilidade conhecida.  Os monitores de frequência cardíaca e respiratório e máquinas de ultrassons também estão na mira dos hackers.

 

Versões desatualizadas, mais antigas que o Windows 10, dominam dispositivos em setores de cuidados crítico aponta o relatório. Essas versões estão na maioria dos dispositivos usados por farmacologia e oncologia e departamentos de radiologia, neurologia e cirurgia.

 

Outro ponto de alerta e de risco são as senhas padrão de fábrica, que são facilmente descobertas por meio da leitura de manuais. O estudo revelou que 21% dos dispositivos hospitalares são “protegidos” por senhas fracas.

 

De acordo com o documento, a segmentação de rede pode reduzir riscos nos dispositivos médicos conectados em hospitais em mais de 90% e pode ser a maneira mais eficaz de mitigar a maioria dos ataques cibernéticos nesses ambientes.

 

“Vivemos em uma época em que a vida humana pode ser preservada ou afetada graças aquilo que ocorre no espaço cibernético. Alertas como esses servem para abrir os olhos das instituições de saúde em relação ao perigo real e iminente de um ataque hacker a hospitais e seus equipamentos”, informa Bar-El.

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