As tentativas de fraude no Brasil seguem em expansão, com 1.222.550 ocorrências em maio de 2025, o segundo mês do ano com mais registros e o equivalente a uma tentativa a cada 2,2 segundos. O dado faz parte do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. De acordo com a pesquisa, o volume retoma os patamares observados no início do ano, quando janeiro marcou o recorde histórico da série, e eleva o total acumulado de 2025 para mais de 5,79 milhões de diligências.
O Diretor de Autenticação e Prevenção a Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, explicou que o aumento nas tentativas de fraude é percebido em todas as faixas etárias, setores e unidades da federação, e é um reflexo direto da crescente digitalização por parte dos consumidores e do uso intensivo de tecnologia por parte dos fraudadores, que conseguem aplicar golpes em larga escala e de forma cada vez mais personalizada. “Por isso, é cada vez mais urgente e importante a aplicação de soluções em camadas que consigam detectar e impedir que tentativas de fraude se concretizem”, completa.
Segundo a pesquisa, foi registrado que no mês de maio, os bancos e emissores de cartões concentraram 54,5% das tentativas de fraude, mantendo-se como os principais alvos dos golpistas. O expecialista explica que isso acontece em função do alto potencial de ganho financeiro que essas instituições oferecem: uma única fraude bem-sucedida pode resultar em acesso a contas com saldo, limite de crédito, dados bancários e cartões virtuais, facilitando transações imediatas e de alto valor.
Ainda assim, outros segmentos também registraram volumes significativos, como “Serviços” (30,9%), “Financeiras” (7,0%), “Telefonia” (5,7%) e “Varejo” (1,9%). “A diversificação demonstra que os criminosos estão se adaptando ao comportamento do consumidor e explorando brechas em diferentes modelos de negócio, sobretudo em canais digitais com grande volume de acessos e pouca barreira de entrada”, complementa o diretor da datatech.
Na visão por métodos utilizados, o Indicador mostra que, em maio, quase metade das ocorrências (49,9%) foi detectada por inconsistências cadastrais, como divergência de dados ou uso indevido de informações reais com pequenos ajustes. Outros 40,2% foram barrados por verificações biométricas e documentos-copia, enquanto 9,9% foram identificados por comportamentos suspeitos em dispositivos. Segundo Rocha, isso revela um movimento de personalização e automação dos ataques, exigindo das empresas tecnologias de autenticação cada vez mais integradas, precisas e invisíveis ao usuário final.
“Os golpistas estão cada vez mais audaciosos e sofisticados, explorando brechas digitais com velocidade e precisão. Nesse cenário, não basta identificar a fraude depois que ela acontece, é essencial agir antes. A proteção em camadas, com soluções integradas de autenticação e prevenção, é o caminho mais eficaz para garantir segurança sem comprometer a experiência do cliente. As empresas que utilizam a tecnologia a seu favor, investindo em inteligência de dados e automação, não só reduzem perdas com fraudes, mas também constroem jornadas mais confiáveis, ágeis e transparentes para seus consumidores”, conclui Rocha