“Ponto cego” da SI: Como superar as barreiras invisíveis ao crescimento na carreira

Na abertura da 10ª edição do Security Leaders Recife, Roberto Arteiro, mentor e CEO da ITXPRO, destacou os principais obstáculos que impedem os profissionais de Cibersegurança de alcançar todo o seu potencial. Segundo ele, corrigir essas falhas permitirá acelerar o progresso na carreira e atingir os objetivos desejados mais rapidamente

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Apesar de Ser uma das áreas que mais contratam profissionais e que pagam alguns dos melhores salários do Brasil, a Cibersegurança ainda assiste diversos profissionais, especialmente aqueles que estão fora dos grandes centros urbanos, atravancados no mesmo estágio de carreira durante anos. Segundo Roberto Arteiro, mentor e CEO da ITXPRO, isso se deve a pontos que esses trabalhadores possuem na forma de gerir suas vidas profissionais.

 

Em seu Keynote de abertura do Security Leaders Recife, ocorrido hoje (22), Arteiro comenta que esses pontos cegos impedem que os profissionais atinjam o ápice real de sua profissão, construindo uma jornada exponencial capaz de pular etapas e alcançar a autoridade que a bagagem atual deles pode oferecer. Isso é conquistado, segundo ele, através da aquisição respeito entre os pares ao se expor para o mercado.

 

“Pontos cegos são coisas que nos impedem de ver o que está à frente com clareza, seja por descuido ou por ignorar deliberadamente aquela obstrução. Esses obstáculos podem impactar profundamente uma carreira, ao ponto de colocá-la em risco. Portanto, é necessário ter plena noção do que pode acelerar ou retardar um avanço na carreira”, explicou Arteiro.

 

O executivo listou ao público da capital pernambucana diversos dos pontos cegos mais preocupantes para um profissional de Cyber. O primeiro deles é a estagnação em um cargo ou em uma empresa, na perspectiva que o plano de carreira linear oferecido pela companhia de fato renderá os frutos que se espera. Arteiro alerta que esse caminho não apenas desacelera o avanço como pode contribuir para a estagnação total do colaborador.

 

Através dessa desaceleração, é possível que o funcionário acabe se afastando das dinâmicas do mercado de trabalho e, temendo renunciar ao conforto, deixa de se expor a novas descobertas e novos networkings dentro da própria comunidade Cyber. O CEO alerta que as pessoas, antes de tudo, são pontes de oportunidades para um destino que realmente interesse Àquele profissional que queira crescer na carreira.

 

“O que as pessoas desconhecem sobre você pode ser justamente aquilo que te impede de alcançar o cargo que se almeja. Precisamos sempre construir visibilidade através da nossa exposição para o mundo, enfrentando desafios e os respondendo devidamente. Essa é a melhor forma de criar a autoridade necessária para aumentar sua valorização como profissional”, acrescentou ele.

 

Conhecendo a própria história

Roberto Arteiro também apontou a necessidade de renovar a relação com a própria carreira, pois não saber divulgar a própria história também é um ponto cego na carreira. O mentor ressalta que são as histórias que as pessoas carregam consigo que podem abrir portas no networking com os pares. Saber reconhecer as próprias conquistas e expô-las ao mundo é uma tarefa essencial para alavancar o reconhecimento de um bom colaborador.

 

Nesse contexto, plataformas como o LinkedIn são ferramentas poderosas. Isso porque a capacidade de ser avaliado por meio dos algoritmos e mecanismos internos pode levar um candidato potencial a uma nova vaga a alcançá-la com mais rapidez. A ideia, para Arteiro, não é encontrar uma nova colocação, mas se tornar atrativo o bastante para que essa colocação encontre as pessoas.

 

“De nada nos serve fazer muito no trabalho e permanecer escondido no escritório. Hoje, os RHs encontram os candidatos que realmente são interessantes para o que eles desejam, e é por isso que os profissionais de SI precisam saber se colocar nesses critérios. Há vagas pagando mais do que muitos recebem com a mesma experiência média, portanto é hora de responder esses pontos cegos ou deixaremos mais dinheiro na mesa”, encerrou o C-Level.

 

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