Durante o Security Leaders Fortaleza 2025, a J. Macedo apresentou seu projeto de transformação digital focado em cibersegurança. O plano da empresa, fundada há 86 anos no Ceará e dona de marcas como Dona Benta, Petybon e Sol, foi desenvolvido em parceria com a Fortinet e a Network Secure, unificando a arquitetura de segurança e conectividade da companhia.
Segundo o Head de TI, Luciano Bortoluzzi, a empresa enfrentava um desafio crítico nos bastidores de sua operação: gerenciar um ambiente de tecnologia heterogêneo e com alguns gargalos de vulnerabilidades. Foi a partir dessa realidade que a companhia iniciou a jornada de transformação para consolidar, proteger e modernizar sua infraestrutura digital.
Bortoluzzi explicou que as unidades fabris operam em ritmo ininterrupto, ou seja, era preciso garantir que nenhuma falha tecnológica comprometesse a produção, a logística e as vendas. “Tínhamos um ambiente extremamente heterogêneo, composto por diferentes soluções de firewall, switches, APIs, além de um modelo de outsourcing e um data center operado por terceiros. Essa diversidade tornava a gestão complexa, dificultava a visibilidade completa do que realmente era necessário e, consequentemente, aumentava o risco para a operação como um todo”, afirmou.
Para enfrentar esse cenário, a J.Macêdo apostou em uma estratégia de homogeneização da infraestrutura, unificando sua arquitetura de segurança e conectividade sob o Security Fabric da Fortinet, com implementação e suporte da Network Secure.
Segundo Alan Aquino, Senior Manager Systems Engineering da Fortinet, a solução permite lidar com ambientes naturalmente heterogêneos. “Hoje, empresas chegam a operar entre 40 e 130 ferramentas de segurança diferentes. O segredo não é eliminar essa diversidade, mas orquestrar e unificar a gestão, garantindo visibilidade e resposta rápida”, destacou.
A Network Secure foi a outra parceira na adequação do projeto à realidade financeira e operacional da J.Macêdo. Como reforçou Raphael Salgado, diretor de engenharia e operações da empresa, foi preciso gerar valor real para o cliente, equilibrando custos e resultados acessíveis.
Visibilidade unificada e cultura de segurança
A modernização exigiu investimentos robustos e adaptação gradual nas fábricas, priorizando unidades de menor impacto antes das operações mais críticas. A estratégia também incorporou AI Ops, recurso de inteligência artificial que antecipa falhas e otimiza a rede.
Entre os ganhos já obtidos estão visibilidade unificada da operação, controles padronizados, redução de riscos e maior capacidade de resposta a incidentes. A mudança também fortaleceu a cultura de segurança entre os colaboradores, que recentemente identificaram uma tentativa de spoofing contra a empresa.
Para Bortoluzzi, o caminho é garantir segurança digital para assegurar a continuidade dos negócios em um setor onde minutos de paralisação podem significar grandes perdas. “Essa é uma jornada contínua. Não falamos apenas de proteger sistemas, mas de proteger a operação e a confiança do consumidor”, concluiu.