Por Denis Furtado*
A segurança cibernética é, sem dúvida, uma das maiores preocupações das empresas modernas. Com o crescimento exponencial das ameaças digitais, parece que cada nova vulnerabilidade exige mais uma camada de proteção: firewalls, antivírus, sistemas de monitoramento, entre tantos outros.
Todos esses recursos visam evitar ataques e proteger os dados da organização. Mas, em cima disso, surge uma questão fundamental: as diversas ferramentas tecnológicas utilizadas realmente ajudam a proteger, ou criam um cenário caótico com alertas demais e pouca efetividade?
Esses sistemas de segurança são projetados para monitorar e identificar possíveis ameaças. No entanto, a questão surge quando eles começam a emitir alertas em larga escala, sem priorizar o que realmente merece atenção.
Então, o que fazer? Como identificar o que é realmente importante em meio a uma avalanche de informações? A resposta está na revolução que uma plataforma de cibersegurança com inteligência artificial embutida traz.
Uma solução desse tipo não substitui os sistemas tradicionais, como firewall e antivírus, mas trabalha junto com eles para aumentar a eficácia. Ela analisa todos os alertas emitidos e, com base em padrões e aprendizado contínuo, sabe distinguir o que é realmente relevante e o que pode ser ignorado.
Essa seleção automática faz toda a diferença. Imagine, por exemplo, um alerta que indica uma tentativa de invasão, mas que, na prática, não passa de uma atividade rotineira sem impacto real.
A inteligência artificial o reconhece e sabe que não é necessário acionar a equipe. Por outro lado, quando um verdadeiro risco surge, ela avisa imediatamente os responsáveis, permitindo uma resposta rápida e focada.
A grande vantagem dessa abordagem é que a inteligência artificial já vem alimentada com dados e conhecimentos adquiridos de outras fontes do mundo todo. Isso significa que ela não precisa começar do zero. Em vez disso, essa solução já traz consigo um vasto repertório de padrões comportamentais e ameaças previamente reconhecidas, o que acelera a identificação e a resposta a incidentes.
Além disso, a utilização de uma inteligência artificial integrada permite que a equipe de cibersegurança foque no que realmente importa. Com menos alertas irrelevantes para analisar, a produtividade aumenta, e a equipe pode concentrar seus esforços nas ameaças reais. Em vez de gastar horas analisando centenas de avisos, a equipe pode dedicar seu tempo e atenção aos poucos alertas que realmente indicam riscos relevantes.
Portanto, uma plataforma de segurança SOC com essa abordagem inovadora não substitui as medidas tradicionais, mas atua como uma camada adicional, revolucionando a maneira como as empresas lidam com a cibersegurança. Ela gerencia os alertas, prioriza o que é crítico e reduz drasticamente o “ruído” gerado por sistemas de segurança que, sozinhos, podem acabar sobrecarregando a equipe com informações desnecessárias.
Em um mundo em que os ataques digitais estão se tornando cada vez mais sofisticados e frequentes, contar com uma plataforma inteligente que filtra e prioriza os alertas é fundamental. Afinal, quando a segurança digital está em jogo, o que realmente importa não é a quantidade de alertas recebidos, mas sim a qualidade deles e a capacidade da equipe em responder de maneira ágil e eficiente.
Agora, a pergunta que fica é: sua empresa está conseguindo lidar com o volume de alertas que chegam diariamente? A sua equipe de segurança cibernética consegue avaliar realmente o que é danoso para o seu negócio?
*Denis Furtado é engenheiro de sistemas e diretor da Smart Solutions