De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil ocupa a última posição entre 18 países em nível de competitividade industrial. Nesse contexto, é divulgado novo instituto de pesquisa pretende reforçar a proteção digital do país ao unir tecnologia, direito, sociedade e inovação.
Segundo a divulgação, a organização é o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Inteligência Artificial para Cibersegurança (INCT-IACiber), recém-aprovado e sediado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Segundo relatório, a iniciativa surge em um momento em que o Brasil ocupa a segunda posição mundial em número de ataques cibernéticos e registra, apenas em 2024, mais de 700 milhões de tentativas de invasão, segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina.
O instituto afirmou que está com a missão de desenvolver soluções seguras e éticas em inteligência artificial (IA), capazes de enfrentar ameaças digitais cada vez mais sofisticadas — desde ataques automatizados até fraudes com deepfakes. Além da tecnologia, o projeto aposta em uma abordagem transdisciplinar, envolvendo especialistas em sociologia, psicologia e direito para ampliar a resiliência cibernética também no campo humano.
“O INCT-IACiber surge com a missão de avançar o conhecimento na interseção entre Inteligência Artificial e Cibersegurança, capacitar profissionais de excelência e apoiar políticas públicas robustas e responsáveis”, explica Michele Nogueira, vice-coordenadora do instituto e doutora pela Universidade de Sorbonne. “Não se trata apenas de defesa, mas de vantagem competitiva. O INCT-IACiber conecta academia, governo, empresas e sociedade em um esforço conjunto para proteger o ciberespaço, nossa economia e os direitos fundamentais”, ressalta Michele.
Com previsão de que as empresas brasileiras invistam R$ 104,6 bilhões em cibersegurança até 2028, o instituto acredita que conseguirá contribuir para a segurança digital do país.