Durante o primeiro painel de Keynotes apresentado na RSA Conference, foi abordada a iminente crise da gestão de identificações em meio a um contexto cada vez mais automatizado pela Inteligência Artificial. De acordo com o CEO, Rohit Ghai, comentou como as futuras plataformas de gerenciamento se transformarão no contato com as novas tecnologias
A RSA Conference 2023, evento de referência no mercado de Cibersegurança mundial, abriu as suas portas essa semana em São Francisco, Califórnia. Durante a tarde de ontem (24), foi dado também o início da trilha de Keynotes apresentados nos palcos centrais da conferência, sendo o primeiro tema baseado em Inteligência Artificial e proteção de identidades. O CEO da RSA Security, Rohit Ghai, falou dos próximos passos das tecnologias de gestão e proteção de dados, caminhando agora para uma nova realidade, com a Inteligência de máquina como co-piloto.
Ghai explicou que as definições, os propósitos e as capacidades dos sistemas de identidade foram mudando ao longo das eras tecnológicas. Segundo o executivo, uma plataforma contemporânea precisa ser interconectada, formando uma única imagem com significado aos usuários. Isso proverá os insights adequados para apoiar a Cibersegurança na tomada de decisão ao proteger e gerir uma rede de dados.
“Além disso, a nova visão de identidade precisará considerar como prioridade a segurança de seus registros armazenados, mesmo ainda considerando a importância de compliance e a conveniência dos acessos. Essa passou a ser a função central das plataformas de gerenciamento em um ambiente movido pela Inteligência Artificial”, explicou Ghai.
Por fim, as plataformas inovadoras contarão com a própria AI para fortalecer suas funcionalidades diante dos desafios de complexidade enfrentados pelos líderes em Cyber. Segundo a “GoodGPT”, a IA Generativa que interagiu com o CEO durante a apresentação, a Inteligência Artificial será importante na aplicação de Zero Trust, no enfrentamento a novos agentes maliciosos e nos processos de detecção e resposta.
“A identidade é o aspecto mais importante em Zero Trust e não poderá ser aplicada devidamente sem automação. Além disso, profissionais de SI precisarão da Inteligência Artificial para enfrentar ameaças de phishing e APTs, também fortalecidos por esses recursos. Até porque, detecção e resposta a ameaças serão essenciais nas plataformas de segurança. Assim, as IA podem ajudar a analisar informações evitando falsos positivos”, explicou a GoodGPT.
Entretanto, Ghai considera ainda imprescindível o papel dos seres humanos nas atividades de Cibersegurança, inclusive para proteger a Inteligência Artificial de más influências de dados. Dessa forma, o objetivo dos novos CISOs será definir o papel da humanidade dentro da automatização dos sistemas. “A questão certa é como garantir alinhamento entre uma IA sobre-humana e os valores e objetivos humanos, garantindo um significado às pessoas nos próximos anos”, encerrou o executivo na abertura da RSA Conference.