A fabricante de antivírus Bitdefender, representada no Brasil pela Securisoft, emitiu um alerta global de segurança sobre um novo ataque de phishing envolvendo mensagens de e-mail supostamente enviadas pela Netflix no Brasil.
As mensagens de spam iniciaram logo após uma campanha verdadeira da Netflix, iniciada em 19 de março, para informar uma redução na qualidade do streaming, de alta definição para padrão, em virtude do aumento em seu tráfego e número de membros ocasionado pelo isolamento social forçado devido à COVID-19.
Em um período de cinco dias, a Bitdefender identificou cerca de 183 mil falsas mensagens de e-mail explorando o nome da Netflix Brasil e solicitando dados de usuários sob pretexto de ajustes na plataforma.
De acordo com Eduardo D’Antona, CEO da Securisoft e Country Manager da Bitdefender, a Netflix tem mais de 11 milhões de assinantes no Brasil, o que significa um potencial de negócios escusos bastante cobiçados pelos hackers.
Uma das mensagens de isca afirma que os usuários precisam atualizar as informações do cartão de crédito devido a “algumas inconsistências” nas contas a partir dos recentes ajustes no serviço de streaming. O e-mail faz o possível para parecer legítimo, abusando do logotipo da Netflix e de um design de página igualmente verossímil.
Um segundo e-mail, igualmente emulando os padrões gráficos da Netflix, tenta convencer o usuário de que a sua conta foi temporariamente suspensa, precisando ser atualizada para evitar o cancelamento. Essa mensagem vai além e utiliza imagens de filmes e séries mais acessadas do serviço de streaming.
Algumas informações oficiais corporativas da Netflix são utilizadas em algumas dessas mensagens, a fim de conferir maior credibilidade, tais como Termos de Uso, link de cancelamento de newsletter e Termos de Serviço da companhia.
Através dessas abordagens de Phishing, os hackers introduzem uma URL que conduz o usuário para um falso cadastro, onde as informações pessoais de cartão da vítima são coletadas.
Segundo Eduardo D´Antona diretor da Securisoft e country partner da Bitdedfender, o usuário deve desconfiar de links de recadastramento enviados por email. “Nenhum banco ou prestador de serviço solicita ao usuário que acesse um link no corpo do email. O certo é o usuário visitar diretamente o site da empresa em questão – digitando o endereço no navegador – e realizar o login para verificar se há requerimentos de atualização”, afirma o executivo.
As URLs utilizadas nessas novas mensagens de phishing aparecem com nomes alterados para se passar por sites legítimos. No entanto, se o usuário encostar o cursor em cima do link é possível notar que o domínio não confere exatamente com a empresa.
Outra medida de segurança recomendada é manter soluções de antivírus e firewall atualizadas. As soluções mais atualizadas do mercado são capazes de reconhecer a grande maioria dos links maliciosos.