A Presidência da República, por meio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deu início aos trabalhos para criação de uma política Nacional de Defesa Cibernética no Brasil. A ideia desse plano piloto é estabelecer os princípios básicos da Cibersegurança brasileira e, com isso, devem-se iniciar as tratativas uma Estratégia Nacional de Segurança Cibernética e uma Agência Nacional de Segurança da Informação, similar à CISA, nos Estados Unidos.
Segundo informou a revista Carta Capital, a proposta já foi aprovada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e passará por análises de outros setores do executivo. Depois disso, a ideia é que a nova estratégia seja levada ao Congresso Nacional como Projeto de Lei.
A primeira proposta de uma Organização Nacional para Defesa Cibernética partiu do Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro em 2013, à época comandada pelo General José Carlos dos Santos. Desde então, poucos avanços ocorreram nesse assunto.
O Chefe do GSI, General Gonçalves Dias, afirmou que uma eventual agência de Cibersegurança não ficaria necessariamente à cargo das Forças Armadas, sendo mais preferível ao projeto criar um modelo híbrido de civis e militares, sob comando de outra instituição do governo, assim como a agência norte-americana.
“Imagine se desligar uma turbina de Itaipu? Ou se frear o linhão norte-sul? Ou se o sistema bancário for atacado? Qual não seria o prejuízo econômico? Ou se o sistema do Bolsa Família fosse atacado e se inserisse ou excluísse 10 milhões de pessoas, qual não seria o prejuízo para o governo? Hoje existem países com capacidade de fazer esse tipo de ataque”, alertou à revista General Dias.
O Chefe do GSI ainda apontou um GAP nacional de mão-de-obra de cerca de 500 mil pessoas, sendo uma das causas dos níveis de vulnerabilidade dos ambientes Cyber no Brasil. Com isso, os organizadores do projeto estão mantendo diálogo constante com as verticais de negócio mais envolvidas na questão, que apoiam a proposta de um Estratégia Nacional nesses moldes. Uma delas, apontou o ministro, é o setor financeiro, por meio da Febraban.
*Com informações da Carta Capital