Com o aquecimento das vendas digitais e o volume crescente de transações previstas para o fim do ano, cibercriminosos intensificam suas ações: criam sites falsos que imitam lojas conhecidas, disparam campanhas de phishing e exploram o impulso do consumidor para aplicar golpes cada vez mais sofisticados. De acordo com a ISH Tecnologia, principal empresa nacional de cibersegurança, diversos domínios fraudulentos já foram identificados, muitos deles usando nomes semelhantes aos de marcas consolidadas para capturar dados de pagamento e informações pessoais. Esse tipo de prática pode causar danos tanto ao consumidor, com perdas financeiras e roubo de dados, quanto às empresas, que sofrem impactos na credibilidade diante de clientes prejudicados.
Segundo dados divulgados, no Brasil, as tentativas de fraude cresceram fortemente: foram registradas 6,94 milhões de tentativas de golpe no primeiro semestre de 2025 — aumento de 29,5% em relação ao mesmo período de 2024. Adicionalmente, em janeiro de 2025 o país viveu o recorde mensal desse indicador, com 1,24 milhão de tentativas (alta de 41,6% sobre janeiro de 2024).
Esse cenário coincide com a tendência global de aumento de fraudes durante temporadas de compras: ataques de phishing, sites falsos e golpes via e-commerce se intensificam em datas como Black Friday e Natal, muitas vezes automatizados e potencializados por ferramentas de Inteligência Artificial.
Principais riscos neste fim de ano, apontado pelos pesquisadores, são: os sites falsos e domínios fraudulentos, phishing com ofertas “imperdíveis”; fraudes via Pix e pagamentos instantâneos; golpes em redes sociais. Além do uso de deepfakes e engenharia social, clonagem de WhatsApp, malware em aplicativos falsos e golpes de entrega.
O estudo reforça que no Brasil, o público jovem (até 25 anos) foi o mais afetado, as fraudes nessa faixa etária tiveram um aumento de 43% no primeiro semestre de 2025. “A temporada de ofertas se transformou também na temporada de golpes. Quem entra no clima de desconto precisa estar preparado — e a segurança digital não pode ficar para depois”, afirma Hugo Santos, Diretor de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia.