Apesar de demandar tempo para ser criada, a identidade sintética, fraude na qual os cibercriminosos geram uma nova identidade utilizando uma combinação de informações verdadeiras e falsas, com o objetivo de abrir contas fraudulentas e fazer compras, tornou-se uma ferramenta queridinha para os golpistas. Isso porque a maior parte das vítimas não está preparada para detectá-la. De acordo com dados da edição deste ano do The Fraud Beat, relatório elaborado pela Cyxtera, trata-se da fraude de identidade que cresce mais rapidamente, representando atualmente 85% de todos os incidentes do gênero.
A pesquisa revela ainda que houve um aumento de 60% nas ocorrência de identidade sintética nas empresas entre 2017 e 2018, tendência que segue neste ano e que deve continuar forte em 2020. A previsão é que o golpe causará mais de US$1,2 bilhão em prejuízos, somente nos Estados Unidos.
“A popularidade da fraude deve-se ao fato de que os criminosos podem facilmente criar identidades falsas com apenas alguns dados verdadeiros da vítima, como nome e número de um documento de identificação”, explica David López, vice-presidente da Cyxtera para América Latina. Segundo o The Fraud Beat, mais de 60% dos incidentes do tipo exploram a identidade de crianças com idade entre 0 e 7 anos. Os dados apontam também que 800 mil pessoas falecidas têm suas identidades roubadas a cada ano.
“Devido à natureza e à novidade do ataque, é quase impossível medir o escopo completo da fraude de identidade sintética”, afirma López, que completa: “os provedores de gerenciamento de fraudes oferecem soluções para isso, mas o setor como um todo ainda tem ficado para trás”.