A Associação de Futebol da Inglaterra (FA) reforçará a segurança cibernética para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia devido a ataques virtuais de um grupo que se suspeita ter laços com uma agência de espionagem russa, de acordo com reportagens.
A FA enviou uma carta à Fifa expressando o temor de que informações sigilosas, como lesões, estratégias e táticas, sejam vazadas antes de partidas do Mundial, segundo jornais britânicos.
Os jogadores e a comissão técnica da Inglaterra foram aconselhados a não usarem wifi público na Rússia, incluindo as conexões oferecidas no hotel da seleção.
De acordo com reportagens, a FA também fortaleceu firewalls, adotou senhas criptografadas e tem diretrizes severas para os jogadores quanto ao uso de redes sociais.
A Inglaterra, que lidera o Grupo F com 20 pontos, pode garantir sua participação na Copa do Mundo com uma vitória sobre a Eslovênia em sua penúltima partida das eliminatórias, em Wembley, no dia 5 de outubro.
Em agosto, o grupo de hackers Fancy Bears vazou informações antidoping relacionadas a jogadores e disse que mais de 150 deles foram reprovados em exames em 2015.
Em abril, a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) disse ter sofrido um ataque cibernético que acredita ter exposto informações sobre os prontuários médicos de atletas.
Governos ocidentais e especialistas de segurança ligaram o grupo a uma agência de espionagem russa à qual se atribuíram operações cibernéticas realizadas durante a eleição presidencial dos Estados Unidos de 2016. A Rússia negou ter interferido na votação.
* Com informações da Agência Reuters