Febraban divulga medidas de reforço à integridade do sistema financeiro

Federação divulga ação do Banco Central contra fraudes e crimes cibernéticos, destaca preservação do Pix e defende regras mais duras para fintechs e novos participantes do sistema financeiro

Compartilhar:

O Presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney considerou como “resposta firme” as medidas emergenciais anunciadas pelo Banco Central (BC) para conter ataques cibernéticos recentes que miravam não apenas o roubo de recursos de instituições financeiras, mas também a utilização de segmentos do sistema como canais de escoamento de dinheiro oriundo do crime organizado. Segundo a entidade, nenhuma das novas regras comprometerá o funcionamento do Pix, que seguirá operando normalmente com todas as suas comodidades para pessoas físicas e empresas.

 

Entre as ações anunciadas pelo Banco Central, a Febraban destacou a antecipação para maio de 2026 do prazo de regularização de instituições não autorizadas, considerada “uma decisão extremamente acertada” para garantir integridade regulatória. O limite de R$ 15 mil para operações de fintechs sem autorização e provedores de serviços de tecnologia (PSTIs), medida classificada como dura, porém crucial para conter ataques que movimentaram bilhões de reais nos últimos meses.

 

Além disso, foram reforçados o estabelecimento de regras mais rigorosas de governança, capital e segurança, com risco de exclusão do sistema financeiro para instituições que não se adequarem. E a exigência de autorização prévia do Banco Central para que fintechs e novos participantes possam ultrapassar limites operacionais ou ingressar no sistema.

Na avaliação da Febraban, essas medidas têm potencial de funcionar como um “freio de arrumação” para um cenário em que o crime organizado se aproveitava de fragilidades em instituições menores e menos reguladas. As medidas anunciadas e as que estão por vir precisam ser capazes de permitir identificar e segregar quais agentes do sistema financeiro estão, ou não, a serviço do crime organizado. Isso é fundamental, diante do cenário que emergiu com diversos novos players de mercado, que não se submetem ao mesmo rigor dos controles de integridade e de prevenção a ilícitos financeiros.

 

Os agentes que atuam na indústria financeira, sem exceção, devem ser obrigados a ter uma política firme de integridade, aparelhados e com procedimentos, controles e ferramentas que possam monitorar, identificar e comunicar as operações suspeitas ou atípicas de seus clientes.

 

 

 

Destaques

Colunas & Blogs

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

De ofertas falsas a phishing pesquisa mostra os golpes de Natal  2025

Pesquisadores ressaltam que a IA e a automação estão tornando os golpes de fim de ano mais sofisticados e difíceis...
Security Report | Overview

Ataques a agentes de IA disparam em 2025, aponta pesquisa

Relatório revela que ataques contra agentes de IA no 4º trimestre de 2025 tiveram como principal alvo o vazamento de...
Security Report | Overview

Relatório: 57% dos malwares em 2025 são voltados ao roubo de dados de acesso

Ataques digitais com iscas visuais e ferramentas maliciosas prontas se tornam mais frequentes e sofisticados, segundo análise 
Security Report | Overview

Golpes cibernéticos disparam no fim de ano, afirma análise

Estudo alerta para o aumento de sites falsos, phishing, fraudes em redes sociais e golpes digitais com o crescimento das...