Fator humano ainda responde por 80% das fraudes, diz gerente de segurança do Itaú

Victor Thomazetti apresentou o Keynote de abertura do Security Leaders Nacional tratando das mais diferentes modalidades utilizadas pelo cibercrime na condução de campanhas fraudulentas. Na visão do executivo, ampliar o uso de IA e avançar na conscientização dos usuários pode transformar essa realidade

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Na abertura do Security Leaders Nacional, em São Paulo, nesta quarta-feira (22), Victor Thomazetti, Head de Prevenção a Fraudes do Itaú falou sobre como as empresas estão lidando com a entrada da Inteligência Artificial no âmbito das ameaças cibernéticas.

 

De acordo com Thomazetti, houve um aumento de mais de 400% nesses ataques no último ano, com maior organização e sofisticação dessas quadrilhas. “O foco desses ataques são pontos específicos do sistema financeiro”, acrescentou ele. “Em torno de 80% das perdas financeiras são causadas por fraudes – evento onde o cliente fornece os dados”. Ele diferencia essas ações de fraudes – quando o invasor consegue os dados necessários para a invasão.

 

Conforme o Head de Prevenção a Fraudes do Itaú, alguns fatores contribuem para esse cenário. “Há falta de conhecimento da população geral sobre tecnologia, há muitos dados disponíveis em redes sociais, há dificuldade em tipificar juridicamente esses ataques digitais e ataques ao perímetro estendido – parceiros e terceirizados do banco”, diz Thomazetti.

 

Para o executivo, o aliciamento de funcionários e a fraude interna é um fator preponderante nesses ataques.  Ele defende uma “educação tecnológica” para evitar fraudes auxiliadas pelo cliente. “Quando ele está no ambiente digital, ele está numa espécie de transe criado pelo fraudador. Precisamos comunicar ao cliente como ele pode usar ferramentas de segurança para evitar perdas financeiras”.

 

Segundo ele, a Inteligência Artificial pode ajudar a combater os golpes e fraudes. “O nível de segurança de um ambiente de TI é o nível de segurança do elo mais fraco. A inteligência artificial ajuda a rastrear o comportamento do cliente, a biometria comportamental ajuda a perceber uma atividade incomum desse usuário”, exemplifica.

 

Em relação às empresas, Victor Thomazetti aponta a necessidade de se adaptar às novas regulações, a prevenção de fraudes internas e a criação de uma arquitetura de segurança adaptável. “Tudo isso vai criar inovações na manutenção de segurança”.

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