Facebook e Microsoft desativaram ameaças cibernéticas da Coreia do Norte

Companhias atuaram para desativar contas e parar a execução operacional de ataques cibernéticos em andamento, além de corrigir vulnerabilidades existentes, afirmou Tom Bossert, assessor de segurança da Casa Branca

Compartilhar:

O Facebook e a Microsoft atuaram na semana passada para desativar uma série de potenciais ameaças cibernéticas da Coreia do Norte, disse um alto funcionário da Casa Branca, enquanto os Estados Unidos acusaram publicamente Pyongyang por um ataque cibernético em maio que afetou hospitais, bancos e outras empresas.

 

“O Facebook desativou contas e parou a execução operacional de ataques cibernéticos em andamento e a Microsoft atuou para corrigir os ataques existentes, e não apenas o ataque inicial do WannaCry”, afirmou nesta terça-feira (19) o assessor de segurança da Casa Branca, Tom Bossert.

 

Ele não forneceu detalhes sobre essas ações, mas disse que o governo dos EUA estava convidando as empresas a cooperar na defesa da segurança cibernética.

 

Bossert disse em uma coletiva de imprensa da Casa Branca que Pyongyang foi responsável pelo ataque do vírus WannaCry lançado em maio, que infectou centenas de milhares de computadores em mais de 150 países.

 

A acusação dos EUA ocorre em um momento de alta tensão com a Coreia do Norte sobre seus programas de armas nucleares e mísseis.

 

Bossert disse que o governo dos EUA tinha provas claras de que a Coreia do Norte era responsável pelo ataque, embora não tenha dado detalhes.

 

Um porta-voz do Facebook confirmou que a empresa apagou contas associadas a uma entidade de hacking vinculada à Coreia do Norte conhecida como Grupo Lazarus “para tornar mais difícil para eles realizar suas atividades”.

 

As contas eram principalmente perfis pessoais operados como contas falsas que foram usados para construir relacionamentos com potenciais alvos, disse o porta-voz.

 

O presidente da Microsoft, Brad Smith, disse em uma postagem em um blog que na semana passada a empresa interrompeu um vírus que o Grupo Lazarus se utilizava, limpou computadores infectados de clientes e as “contas desabilitadas usadas para promover ataques cibernéticos”. Smith disse que os passos foram tomados após consulta de vários governos, mas que a decisão da Microsoft era independente.

 

“Nós não temos muito espaço aqui para aplicar pressão para mudar o comportamento (a Coreia do Norte)”, disse Bossert. “No entanto, é importante acusá-los, para que saibam que sabemos que são eles.”

 

Pesquisadores de segurança e funcionários do governo dos EUA acredita que o Lazarus foi responsável pelo ataque de 2014 contra a Sony Pictures Entertainment, que destruiu arquivos, lançou comunicações empresariais online e levou à saída de vários altos executivos.

 

* Com informações da Agência Reuters

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

De ofertas falsas a phishing pesquisa mostra os golpes de Natal  2025

Pesquisadores ressaltam que a IA e a automação estão tornando os golpes de fim de ano mais sofisticados e difíceis...
Security Report | Overview

Ataques a agentes de IA disparam em 2025, aponta pesquisa

Relatório revela que ataques contra agentes de IA no 4º trimestre de 2025 tiveram como principal alvo o vazamento de...
Security Report | Overview

Relatório: 57% dos malwares em 2025 são voltados ao roubo de dados de acesso

Ataques digitais com iscas visuais e ferramentas maliciosas prontas se tornam mais frequentes e sofisticados, segundo análise 
Security Report | Overview

Golpes cibernéticos disparam no fim de ano, afirma análise

Estudo alerta para o aumento de sites falsos, phishing, fraudes em redes sociais e golpes digitais com o crescimento das...