Fintech criada pelo Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander, a Quod chega ao mercado com foco na gestão de dados para Cadastro Positivo. A proposta também envolve disponibilizar produtos e soluções de controle de risco, prevenção a fraudes e análise de grandes volumes de dados, tanto para instituições financeiras quanto para as demais organizações que demandem informações sobre risco de crédito. Para isso, a empresa contará com uma tecnologia robusta, além do uso de técnicas que combinarão big data, Inteligência Artificial e Machine Learning.
“Estamos elevando o nível da Segurança”, assegura Leonardo Carmona, CISO da Quod. O executivo, que tem vasta experiência no setor financeiro (BTG Pactual, Banco Votorantim e Safra), afirma que a fintech foi construída com o objetivo de ser transparente. “Queremos que nossos clientes saibam como seus dados serão usados”, afirma.
Carmona explica que a Quod já nasceu em um ambiente diferenciado, no momento em que a GDPR entrava em vigor e discussões em torno do tema privacidade e proteção de dados estão em evidência. É com esse pano de fundo que a empresa visa atuar. “Estamos trazendo práticas que normalmente não se veem no mercado”, reforça.
Segundo o especialista, já houve muito investimento em Segurança até o momento e a companhia aposta na robustez da infraestrutura da LexisNexis, utilizada pelos grandes bancos internacionais. “A fintech ainda tem a seu favor o fato de já nascer em um ambiente digital, tornando a arquitetura bastante homogênea. Não tem legado”, complementa.
Novas e funcionais
Inteligência Artificial, Machine Learning, Big Data, Behavior Analytics, entre outras, são algumas tecnologias cada vez mais utilizadas especificamente na área de Segurança. Na Quod não será diferente. Embora sejam consideradas “recentes”, Carmona acredita que muitas delas fazem valer a que vieram.
“A indústria está amadurecendo, se reinventando. Ainda há muita coisa para customizar, mas estamos chegando a um nível de maturidade interessante. Existem ferramentas que de fato funcionam quando há um escopo bem definido”, explica.
Na visão do executivo, tais tecnologias começaram a ser mais usadas a fim de suprir o déficit de mão de obra qualificada no mercado de Segurança. “Existe uma agenda clara de transformação digital acontecendo. Os riscos estão aumentando, mas não temos pessoas. Precisamos de ferramentas mais inteligentes”, disse.
É diante desse contexto que Carmona acredita que recursos voltados para orquestração e automação continuarão ganhando espaço nas organizações. “Atualmente, fala-se muito em ecossistemas autoimunes, ou seja, construir sistemas que entendem que estão sendo atacados, se defendam e ainda aprendam com as ações”. Consequentemente, o papel do analista deve ser cada vez mais focado em Pesquisa e Desenvolvimento, deixando a parte operacional para sistemas inteligentes.