Da Reuters
Após um tiroteio que deixou 14 mortos na Califórnia, importantes parlamentares norte-americanos se comprometeram a buscar uma lei que obrigue empresas de tecnologia a abrir a agentes da lei uma porta dos fundos para comunicações com criptografia e dispositivos eletrônicos, como o iPhone usado por um dos atiradores.
Apenas meses depois, boa parte do apoio se foi e o esforço por uma legislação morreu, segundo fontes dos escritórios do Congresso dos EUA, disseram o governo e o setor de tecnologia.
O projeto de lei que os senadores Richard Burr e Dianne Feinstein, líderes republicano e democrata do Comitê de Inteligência, haviam circulado semanas atrás provavelmente não será introduzido neste ano e, mesmo se for, não teria nenhuma chance de avançar, disseram as fontes.
Entre os principais problemas, está a falta de apoio da Casa Branca para o projeto, apesar do importante confronto judicial entre o Departamento de Justiça e a Apple sobre o iPhone suspeito, de acordo com autoridades do Congresso, autoridades do governo Obama e observadores externos.
A vida curta do esforço para uma legislação ilustra a natureza do debate sobre vigilância digital e criptografia, que tem ido e vindo desde os anos 1990.
As empresas de tecnologia, apoiadas por grupos de direitos civis, insistem que construir um acesso para agentes da lei aos telefones e outros aparelhos diminuiria a segurança para todos, incluindo o próprio governo norte-americano.