Emirados Árabes apostam em IA para impulsionar Segurança e economia até 2031

Durante a RSA Conference, o chefe de Cibersegurança do país árabe destacou a parceria com o Google e as iniciativas que usam Inteligência Artificial para impulsionar a proteção de dados e o desenvolvimento nacional

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Os Emirados Árabes Unidos estabeleceram um objetivo para seu desenvolvimento como nação focada em transformar sua economia como uma das mais dinâmicas e seguras no mundo até 2031. Durante a RSA Conference, o Dr. Mohammed Al-Khawati, Chefe de Cibersegurança do país, apresentou a implementação prática dessa meta, baseada na integração de novas tecnologias, como IA, em diversos setores do poder público, incluindo a Segurança Cibernética nacional.

 

De acordo com o especialista, esse avanço tecnológico é impulsionado pela parceria com o Google, que vem trabalhando junto ao governo para alavancar soluções de IA aplicadas à Cibersegurança. A partir do monitoramento de conformidade impulsionado por IA através da plataforma nacional de garantia de informações e a implementação de soluções inteligentes, mantendo a privacidade e confidencialidade de dados.

 

“Entre as aplicações mais relevantes, destacam-se o monitoramento de conformidade por meio da plataforma nacional de garantia de informações, a implementação de soluções inteligentes para defesa cibernética e a proteção da privacidade e confidencialidade dos dados. Para ampliar esses esforços, os EAU também planejam criar um centro de excelência em cibersegurança, fortalecer iniciativas como o programa Cyber Pulse e organizar novos eventos de troca de conhecimentos nos próximos anos”, disse Al-Khawati.

 

Papel da IA na Cyber

Diante disso, a vice-presidente de Inteligência de Ameaças do Google, Sandra Joyce, apresentou o lado da implementação, focada na otimização de vários processos. Isso inclui usar IA para resumir casos e ameaças, economizando o tempo gasto analisando diversos alertas ou relatórios. Sandra ainda apontou as principais recomendações dos especialistas do Google para os CISOs, apontando ser preciso aproveitar o potencial da IA para detecção de vulnerabilidades, fluxos de resposta a incidentes e análise de malware. 

 

Ela explicou que os atacantes utilizam o Gemini, linguagem de IA da organização, como uma ferramenta de produtividade, do mesmo modo que muitas pessoas, ou seja, não foram registrados incidentes com uso apenas da tecnologia.  Ou seja, ela diz que é possível usá-la também para deixar processos de Cibersegurança mais eficientes, como nos Emirados Árabes.

 

De acordo com a especialista do Google, a IA pode auxiliar na detecção rotineira de vulnerabilidades a partir do teste de fuzz. “O fuzzing (ou teste de fuzz) é uma técnica que consiste em enviar entradas aleatórias, inválidas ou inesperadas para um sistema para descobrir vulnerabilidades e falhas”, complementou.

 

Impacto da parceria

Diante disso, o chefe de cibersegurança dos Emirados Árabes Unidos ressaltou que, além da implementação de tecnologias inovadoras, a colaboração busca incentivar a criação de ideias ousadas e novas abordagens para proteger dados e infraestruturas críticas. E que, além da implementação de tecnologias inovadoras, a colaboração busca incentivar a criação de ideias ousadas e novas abordagens para proteger dados e infraestruturas críticas.

 

Ao encerrar sua participação, Dr. Al-Khawati destacou o impacto que a parceria poderia gerar: “Estamos orgulhosos da nossa iniciativa estratégica com o Google e empolgados com os aspectos impulsionados por IA, além de estarmos sempre abertos a grandes ideias e colaborações”, finalizou. 

 

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