O domingo (15) de eleições municipais foi marcado por ataques hackers que geraram lentidão nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive na divulgação da contagem dos votos. Durante a manhã, hackers expuseram dados administrativos do TSE em links para downloads, mas eram informações disponíveis no portal da transparência, sem nenhuma relação com as eleições.
Segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, não houve ataque bem-sucedido e assim que tomaram conhecimento do fato, os técnicos neutralizaram a ação maliciosa, reforçaram a proteção dos sistemas e, por precaução, desligaram um dos servidores, o que causou instabilidade no aplicativo do e-Título.
“Foram vazadas informações antigas e irrelevantes sobre ministros aposentados e antigos funcionários do TSE. Foi um vazamento sem nenhuma relevância ou consequência para o processo eleitoral”, disse Barroso, reforçando que a ação não afetou o sistema de totalização dos votos nem o sistema das urnas eletrônicas, que não funcionam em rede e não são conectadas à internet.
Em nota, o TSE informou que Barroso visitou na tarde deste domingo o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN). De lá, ele acompanhou o andamento da operação integrada de segurança pública das Eleições 2020 e se inteirou sobre as investigações destinadas a identificar os responsáveis pela ação cibercriminosa.
Em entrevista coletiva, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, André Mendonça, informou que os órgãos de segurança, capitaneados pela Polícia Federal, estão trabalhando em total sintonia com área de Tecnologia da Informação do TSE para identificar os responsáveis e garantiu que não existe nenhum indicativo de prejuízo ao pleito eleitoral.
“A Polícia Federal tem trabalhado em perfeita sintonia com toda a área de Tecnologia da Informação do TSE, com troca de informações que auxiliam praticamente em tempo real, e não há qualquer indicativo de prejuízo ao pleito eleitoral”, completa Mendonça.
*Com informações do TSE