Qual papel cumpre a Cibersegurança no universo dos processadores?

Executivos da AMD discutem a interseção entre equipamentos físicos e Cibersegurança, enfatizando a necessidade de colaboração com especialistas em Segurança da Informação para garantir inovação sem aumentar riscos organizacionais

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Apesar de todos os desafios no relacionamento com o setor de negócios e infraestrutura, a Segurança da Informação cumpre o papel fundamental de detectar os riscos à companhia e auxiliar na resolução deles, sem que a inovação ou a experiência do cliente sejam comprometidas. Esse é o posicionamento trazido pelo porta-voz da AMD no Brasil sobre as necessidades de Segurança dentro do mercado de processadores e outros devices físicos.

 

O Especialista de Hardware da companhia, Alfredo Heiss, relembra que as ocorrências de perda de dados e invasões cibernéticas também oferecem impactos visíveis aos equipamentos físicos das corporações, frequentemente inutilizados pelas ações maliciosas de hackers. Nesse sentido, toda ação de um lado gera desdobramentos também na outra direção.

 

Na visão dele, apesar de cada setor ter suas próprias especificidades em relação a ameaças mais críticas, alguns padrões existem em todos os casos, como a necessidade de proteger o dono e o gestor dos dados, bem como conhecer o local físico em que essas informações estão armazenadas. São nesses pontos em que as fornecedoras de processadores têm um papel a cumprir ao lado da SI.

 

“Segurança não é brincadeira: há normativas a serem seguidas e graves consequências em casos de incidentes cibernéticos que causem danos à empresa. Justamente por isso o líder de Segurança tende a ser o profissional mais intransigente desse processo de implementação, uma vez que garantir essa Segurança, colocando os riscos em perspectiva, é o trabalho dele”, comentou Heiss durante entrevista à Security Report.

 

Considerando essa divisão de funções, a AMD entende que sua função estratégica nesse relacionamento está em trazer às claras os subsídios que a Cibersegurança precisa ter para poder tomar parte dos processos de implementação. Essa aproximação baseada na transparência permite acordar protocolos de controles entre as duas partes e detalhar os métodos de proteção a partir das camadas físicas instaladas na estrutura.

 

A participação mais decisiva da Cibersegurança na implementação da infraestrutura ainda viabiliza respostas às demandas dos próprios CIOs por mais visibilidade sobre as ameaças e controle na fricção com os usuários. Como a proposta vigente é manter o desempenho das operações elevada, é necessário reduzir os riscos dessa questão vindos de um incidente cibernético ou da perda de produtividade dos funcionários.

 

Alfio Fioravanti, gerente de vendas corporativas da AMD para o Brasil, reforça essa necessidade de equilíbrio entre a fluidez das operações – e até da atividade dos clientes – com a mitigação de riscos ao sistema através da Segurança. Nesse sentido, os parceiros de mercado devem se posicionar através do aconselhamento dos clientes, orientando-os a não renunciarem a nenhum dos dois lados dessa balança.

 

“Vemos, inclusive, uma grande demanda por parte das empresas em conseguir esse nível de desempenho voltado para o usuário final e interno. Apesar de não parecer, isso está intimamente relacionado com a segurança, já que essa pode ser uma das causas de perdas críticas na performance. Em situações de portas de acesso expostas e conexões indevidas entre sistemas, há o risco de o acesso indesejado ocorrer”, comenta Fioravanti.

 

O Especialista de hardware ainda comenta que essa mudança de cultura deve vir com celeridade nas companhias, visto as transformações tecnológicas esperadas para o médio e longo prazo. Assim como outros setores da TI, a tendência da Inteligência Artificial já começa a dar seus primeiros passos, com o mercado de Unidades de Processamentos Neurais (NPUs) esperando para ganhar força no futuro.

 

“Ainda existem os líderes de segurança que fazem o próprio setor de âncora pesada demais para o negócio pela justa demanda de mantê-lo protegido. Mas já há também os que entendem seu papel crucial para a viabilidade das inovações, ajudando a orientá-las pelos caminhos mais estáveis. É perceptível como esses são os que têm gerado melhores resultados, tanto para si quanto para a corporação”, conclui Heiss.

 

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