Diversidade é a chave para o GAP de talentos em Cibersegurança?

Levantamento realizado entre os executivos da Comunidade Security Leaders revela evolução na diversidade de equipes, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Mulheres possuem a maior participação nos recortes de diversidade e estão presentes em mais de 90% das empresas

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A indústria de Cibersegurança tem enfrentado desafios significativos na atração e retenção de talentos. A terceira edição da pesquisa realizada entre os executivos da Comunidade Security Leaders aponta uma estratégia promissora para superar essa escassez: a inclusão e diversidade das equipes de Segurança da Informação.

 

Liderado pelo CISO Marcelo Miola, o estudo foi realizado entre 12 e 22 de março de 2024, envolveu 36 empresas de diversos segmentos e trouxe à tona dados importantes sobre a composição das equipes de SI. Neste contexto, programas inclusivos que abrangem mulheres, profissionais acima de 50 anos, pretos e pardos, pessoas com deficiência (PCD) e a comunidade LGBTQIA+ estão sendo cada vez mais valorizados como uma solução viável e necessária.

 

De acordo com os resultados da pesquisa, houve um aumento significativo na inclusão de mulheres nas equipes de cibersegurança, com mais de 90% das empresas relatando sua presença, um aumento de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A representatividade de pessoas autodeclaradas pretas ou pardas também cresceu, sendo que 80% das empresas afirmam incluí-las em suas equipes.

 

Apesar destes avanços, a pesquisa revelou que a inclusão de profissionais com deficiência (PCD) e indivíduos com 50 anos ou mais ainda é relativamente baixa. Menos de 30% das empresas contam com PCDs em suas equipes, e apenas 20% têm profissionais com 50 anos ou mais, indicando uma área de oportunidade para maior inclusão.

 

Os resultados também indicam uma necessidade de investimento em programas de atração e desenvolvimento para públicos diversos. Apenas 29% das empresas pesquisadas investem na atração e seleção desses profissionais, enquanto somente 22% dedicam recursos ao desenvolvimento e formação contínua.

 

Projeções Futuras

 

O levantamento sugere que, se as políticas e ações atuais de diversidade forem mantidas, a representatividade de mulheres e pessoas pretas e pardas na área de Cibersegurança só alcançará níveis equivalentes à sua demografia na população brasileira a partir de 2030. Este dado reforça a importância de intensificar esforços para uma inclusão mais rápida e eficaz.

 

Assim como em 2023, neste ano, a pesquisa realizada mostra também que, apesar de uma pequena evolução, o segmento ainda segue necessitado de mais iniciativas. Investir em uma força de trabalho mais diversificada não só enriquece o ambiente de trabalho com uma variedade de perspectivas e habilidades, mas também fortalece a capacidade das empresas de enfrentar desafios complexos de segurança em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

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