Análise revela redução nos ataques cibernéticos contra países que não compõem a OTAN

Pesquisadores identificaram queda na movimentação dos ciberataques contra vários países que não fazem parte da organização nos períodos pré e pós início da guerra Rússia-Ucrânia; o Brasil registrava 259% antes do conflito e passou a ter 195%

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A Check Point divulgou na semana passada um aumento anormal de ciberataques contra países-membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ataques estes provenientes de endereços de IPs chineses. Em razão dessa análise, os pesquisadores da empresa também observaram que vários países que não fazem parte da OTAN apresentaram decréscimo dos ciberataques ao comparar o período anterior ao início da guerra Rússia-Ucrânia com as três primeiras semanas da invasão.

 

No caso do Brasil, o país registrou 259% de ciberataques provenientes de endereços de IPs chineses antes da invasão, enquanto três semanas após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia o porcentual foi de 195%. A divisão CPR agrupou os países por região, sendo que os porcentuais na América Latina foram os seguintes:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A primeira pesquisa da divisão CPR, com foco nos países pertencentes à OTAN, avaliou a tendência de aumento anormal de ciberataques antes e depois da invasão da Rússia à Ucrânia, percebendo que os ciberataques de IPs chineses aumentaram em 116% contra os países da OTAN, e em 72% em todo o mundo.

 

Os pesquisadores da CPR ressaltam que não podem atribuir os ataques cibernéticos a entidades chinesas ou a qualquer atacante chinês conhecido. A conclusão indica que os cibercriminosos, provavelmente dentro e fora da China, estão usando cada vez mais IPs chineses como recurso para lançar ciberataques após a guerra Rússia-Ucrânia.

 

• Na semana passada, a média de ciberataques globais por organização provenientes da China foi de 72% mais elevados que no período anterior à invasão e 60% superior que nas primeiras três semanas da guerra.

 

 Nos últimos sete dias, a média semanal de ciberameaças provenientes da China às redes corporativas da OTAN foi 116% maior que antes da invasão e 86% superior que nas três semanas iniciais da guerra. O crescimento é significativamente maior que no aumento global de ciberataques vistos nos mesmos períodos de tempo.

 

“À medida que a guerra Rússia-Ucrânia se intensifica, ficamos atentos sobre os ataques cibernéticos originários da China. Verificamos aumentos significativos nos ciberataques originados de endereços IPs chineses. É importante ressaltar que não podemos fazer uma atribuição às entidades chinesas, pois é difícil determinar a atribuição em segurança cibernética sem mais evidências. Mas, o que está claro é que os hackers estão usando IPs chineses para lançar ciberataques em todo o mundo, especialmente contra os países da OTAN. Os IPs provavelmente são usados por atacantes na China e no exterior”, explica Omer Dembinsky, gerente de Data Group da Check Point Software.

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