O cenário mundial de defesa e segurança cibernética demanda constantes investimentos em novas tecnologias, uma vez que os ataques de hackers e os crimes virtuais estão mais sofisticados e ultrapassam cada vez mais rápido as ferramentas de proteção já existentes. Para se ter uma ideia do potencial desse mercado, o Relatório Anual de Cibersegurança da Cisco 2017 revelou que apenas 56% dos alertas de segurança são investigados e menos de metade dos alertas efetivos são solucionados.
As ameaças digitais também estão na agenda de preocupação das Forças Armadas do País que trabalham para oferecer uma estrutura de alto nível para proteger o Brasil de cyber ataques. Nesse sentido, desde 2009 o Exército Brasileiro está à frente de um projeto que inclui a construção de um Centro de Defesa Cibernética, desenvolvimento de soluções em software e hardware, aquisição de supercomputadores e materiais de investigação digital. O valor do projeto é de cerca de R$ 331 milhões e deverá ser concluído até 2020.
“Para vencer a batalha cibernética há diferentes formas de proteção e uma delas é adotar uma posição preditiva, ou seja, antecipar-se aos possíveis ataques ao invés de apenas tratar depois de existirem”, explica Luiz Rubião, CEO da empresa de engenharia e software Radix.
“A chave da prevenção está na própria gênese da arquitetura do sistema a ser utilizado. Isso significa que os conceitos de defesa e segurança cibernética devem ser implantados desde o início de um projeto de software ou sistema de rede, usando componentes que possuem uma proteção intrínseca”, explica Rubião, que acrescenta: “assim, a chance de você ser atacado ou os danos que você pode ter depois de atacado são naturalmente menores”.
Outro ponto que necessita de atenção na questão de defesa e segurança cibernética é o risco de ataques a dispositivos conectados à internet utilizando um dos conceitos de tecnologia mais comentados nos últimos anos: a Internet das Coisas (IoT). “Um exemplo de violação de segurança nesse sentido veio a público quando dois hackers invadiram o sistema embarcado de um utilitário esportivo dando comandos na direção do veículo remotamente”, completa o CEO da Radix.