Embora o Código Civil da Internet e o Código do Consumidor obriguem as empresas a proteger a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados que armazenam, o Brasil não dispõe de algumas exigências legais avançadas como as dos EUA e União Europeia, que determinem por exemplo, que a empresa vítima de um vazamento notifique o incidente aos seus clientes afetados.
Portanto, a responsabilidade das empresas em se comunicar com seus clientes cujos dados foram impactados ainda é uma iniciativa opcional no Brasil, permitindo que as companhias locais atuem de forma reativa. Ao contratar o seguro contra riscos cibernéticos, as empresas podem agora adotar uma abordagem proativa e estar mais bem preparadas para lidar com as consequências de uma violação.
A Travelers Seguros anunciou o lançamento da sua oferta de seguro contra riscos cibernéticos, um produto de proteção de dados de terceiros que abrange documentos físicos e informações digitais no caso de um ataque cibernético.
O produto complementa a proteção das companhias que armazenam dados de terceiros e as reembolsa por despesas relacionadas a uma eventual violação de dados. Isso pode incluir custos de defesa e indenizações, despesas para restauração de dados, assessoria de imprensa para trabalhar a reputação da empresa, custos com ransomware e perda de lucros. O seguro de risco cibernético também inclui a cobertura contra fraude cibernética e de fraude em transações financeiras.
“O volume e a sofisticação dos ataques cibernéticos cresceram exponencialmente nos últimos anos”, explica Leonardo Semenovitch, diretor-presidente da Travelers Brasil. “Os executivos tendem a acreditar que ciberataques nunca ocorrerão em seu ambiente ou, caso ocorram, se passarão em um futuro distante. Como as empresas têm uma enorme responsabilidade pela segurança e privacidade dos dados de seus clientes, desenvolvemos este produto para ajudá-los a mitigar os riscos associados”, completa Semenovitch.