Em um mundo em que a pandemia está prestes a acabar, o trabalho híbrido vem se tornando o modelo ideal para as empresas. Nesse novo normal, aplicações, equipamentos e colaboradores estão cada vez mais distribuídos, causando uma grande mudança nas arquiteturas atuais para atender as demandas de negócio.
Esse movimento contribui para um cenário de brechas e vulnerabilidades de segurança. Manter a empresa segura tem se tornado um dos grandes desafios para os CISOs, principalmente com as aplicações se movendo para SaaS e Cloud, além de usuários trabalhando remotamente. Atenta a esse cenário, a Citrix vem redirecionando a estratégia de atuação a fim de oferecer uma segurança de fim a fim.
A operação do Brasil está de liderança nova, Luciana Pinheiro acaba de assumir como gerente-geral da Citrix no país e, em entrevista à Security Report, a executiva destaca os novos rumos da companhia, a fim de auxiliar as empresas a repensarem as estratégias de proteção no mundo híbrido.
“Ao conversar com clientes e empresas de vários tamanhos e nichos de atuação, pude perceber a criticidade do momento com uma imensidão de ataques cibernéticos e incidentes de segurança envolvendo os mais variados tipos de ataques, de ransomwares a roubo de credenciais. Para fazer frente a esse cenário, é preciso mudar a estratégia de proteção”, diz Luciana.
A diretriz da Citrix agora é se colocar como uma empresa que também olha para a segurança de aplicações, de desktops e acesso. Na visão da executiva, o trabalho flexível, que vinha sendo testado há anos na TI, se tornou uma realidade, o que abriu oportunidades para que a Citrix apostasse em uma entrega que fosse além da virtualização.
“As pesquisas apontam que 60% das empresas irão migrar seus ambientes para Desktop as a Service (DaaS) até 2023. Ou seja, a virtualização de desktop com gestão centralizada na nuvem entrega não só uma experiência virtualizada, mas elimina a necessidade de as empresas adquirirem a infraestrutura física”, acrescenta.
Nessa estratégia, a Segurança tem o papel de estar embarcada, criando uma inteligência de proteção do acesso com recursos de Zero Trust. A companhia lançou no início desse mês o Citrix Secure Private Access, uma oferta de Zero Trust Network Access (ZTNA) na nuvem que protege o acesso a aplicações e dados de dispositivos gerenciados, não gerenciados e Bring-Your-Own (BYO).
Para esse ano, Luciana reforça que a estratégia da Citrix no Brasil é fortalecer as ofertas e ampliar os serviços de Segurança com foco no modelo de nuvem. Hoje, 80% do portfólio da companhia é entregue na nuvem, segundo Luciana, a ideia é chegar a 100%. Os parceiros também fazem parte do modelo de negócio e a empresa segue ampliando o ecossistema para que os canais possam atender todas as regiões do Brasil.
“Além disso, estamos apostando no conceito de desktop como serviço, com virtualização e segurança embarcada de fim a fim. Sabemos que investir em SI é caro, mas é preciso que os gestores mudem o mindset e tenham uma atuação mais focada no usuário, blindando os acessos. Nosso papel é mostrar para os clientes que é possível obter um equilíbrio entre proteção e produtividade, independentemente de onde o colaborador estiver acessando o ambiente corporativo”, conclui.