Comerciantes com operações online relatam aumentos nas tentativas de fraude

Estudo global da Visa, incluindo entrevistados do Brasil, aponta que phishing e roubo de identidade são os mais comuns. Cenário demonstra também mais investimentos em gerenciamento e em ferramentas antifraudes

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O crescimento das vendas online em todo o mundo foi extremamente relevante para impulsionar o comércio e o consumo, mas também levou a um aumento no número de tentativas de golpes no ambiente digital. Em reflexo a essa realidade, comerciantes passaram a investir cinco vezes mais no gerenciamento e em ferramentas antifraudes desde o início da pandemia – um salto de 2% para 10% da receita anual de comércio eletrônico investido neste tipo de solução. Isso é o que revela o Global Fraud Report 2021, estudo realizado pela Cybersource, uma empresa Visa, e pelo Merchant Risk Council (MRC).

 

A pesquisa revelou que cerca de 75% dos comerciantes com operações online entrevistados relataram aumentos nas tentativas de fraude e que nove entre 10 e-commerces consideram o gerenciamento de fraudes no comércio eletrônico “muito ou extremamente importante” para a estratégia geral de negócios. O estudo foi realizado entre março e abril de 2021 com 650 respondentes envolvidos em decisões de gerenciamento de fraudes de comércio eletrônico em empresas sediadas na Europa, América do Norte, Ásia e América Latina.

 

Em média, três quartos dos comerciantes participantes do estudo relataram aumentos nas tentativas e taxas de fraude. Embora o volume de ataques tenha crescido, a variedade de golpes sofridos pelo comércio diminuiu. No topo dessa lista está a fraude “amigável”*, o teste de cartão, o phishing e o roubo de identidade, as mais comuns enfrentadas em todo o mundo.

 

Com essa crescente, nove entre 10 estabelecimentos comerciais passaram a considerar o gerenciamento de fraudes de comércio eletrônico “muito ou extremamente importante” para sua estratégia geral de negócios. De acordo com o estudo, 50% dos comerciantes pesquisados estão concentrados na proteção e na melhoria da experiência do cliente, 40% continuam focados na redução de fraudes e 11% declararam estar preocupados em minimizar custos operacionais relacionados à fraude.

 

“Esta mudança estratégica na gestão de fraude pelos estabelecimentos comerciais tem como objetivo  atingir o melhor equilíbrio entre a receita, as perdas devido a fraude e os custos operacionais, proporcionando também aos clientes uma experiência de compra e de pagamento de alta qualidade”, explica Gustavo Carvalho, diretor executivo da Cybersource.

 

Segundo o levantamento, os estabelecimentos comerciais também passaram a observar com mais atenção a quantidade de ferramentas usadas para a prevenção de fraudes e optaram por concentrar os esforços e usar somente as que consideram mais eficazes, entre elas: Verificação do CVV do cartão – (54%); Histórico de pedidos de clientes (38%), Autenticação 3DS (36%); Consulta à lista de listas negativas (24%); Análise comportamental da navegação (23%) e Autenticação em duas etapas (21%). Com isso, o número de soluções em média utilizadas para esta finalidade nos e-commerces caiu pela metade: de 10 em 2019 passou para 5 neste ano.

 

Segundo Carvalho, os métodos que os fraudadores utilizam para aplicar golpes vêm mudando rapidamente com o surgimento de tecnologias sofisticadas, com as mudanças nos comportamentos de compra e também com os novos métodos e canais de pagamento. “Eles aproveitam o poder do big data para aprimorar suas estratégias de ataques fraudulentos. Esse estudo, portanto, mostra que os comerciantes estão conscientes dessa realidade e atuando fortemente para combatê-la, trilhando um caminho para minimizar o impacto da fraude no e-commerce”, conclui o executivo.

 

*Fraude “amigável” ocorre quando o consumidor faz uma compra on-line usando seu próprio cartão de pagamento e após receber o produto ou serviço, solicita o estorno ao emissor do cartão. Uma vez aprovado, o estorno cancela a transação de pagamento e o consumidor recebe de volta o montante gasto.

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