Cisco tem a SI como pilar estratégico para desenvolver novas soluções

Durante Cisco Live!, evento da companhia que acontece essa semana em Las Vegas, o líder de Cybersecurity, Craig Williams, comentou o incidente de ransomware, que afetou principalmente Rússia e Ucrânia; CEO da companhia, Chuck Robbins, afirmou que confiança é um dos cernes na criação de portfólio robusto para proteção de dados

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Um novo ciberataque global atingiu ontem, 27, diversas empresas do mundo, inclusive no Brasil. Por meio da vulnerabilidade “Server Message Block” (SMB), o ransomware Pitya, similar ao WannaCry, tinha como objetivo desestabilizar as redes corporativas. Não é de hoje que os cibercriminosos investem em ações cada vez mais pesadas para atacar empresas e pessoas, o que tem deixado todo o mercado em alerta, principalmente as indústrias de tecnologia.

 

Durante o Cisco Live!, evento promovido pela Cisco que acontece essa semana em Las Vegas, o líder de Cybersecurity, Craig Williams, se reuniu com a imprensa para comentar o ataque. Segundo ele, “o ataque do WannaCry, em maio, foi uma falha catastrófica, porque se espalhou com muita velocidade, mas não concluía seu papel corretamente. Esse ransomware que atingiu ontem a Rússia, Ucrânia e outros países, foi desenvolvido de modo mais complexo e os cibercriminosos agiram de forma disfarçada, contaminando menos empresas e se espalhando lateralmente dentro dela”.

 

Além disso, na opinião de Craig, o backup é uma das principais medidas para se livrar do ransomware, porém, “é necessário que seja verificada diariamente sua integridade e ele não deve estar conectado em nenhum ponto da rede onde possa ser alvo de ataques”, afirma.

 

Quando perguntado se havia algum outro tipo de ataque que pudesse ser mais devastador que os recentes casos – levando-se em consideração os últimos vazamentos do Windows e as brechas que o grupo Shadow Brokers promete liberar em julho –, Craig revela que são os “wipe malwares” (worms que apagam dados) que devem ser temidos. “Porque ao menos o ransomware nos permite recuperar os dados criptografados. No outro caso, não há nada para se recuperar”, completa.

 

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Durante todo o evento, a Cisco reforçou que está preparando todo seu portfólio para ajudar as empresas a serem mais seguras. “O cerne de tudo isso é a confiança. Redesenhamos nossas soluções para que os clientes confiem que as melhores práticas contra ataques cibernéticos estão sendo conduzidas da melhor forma na nossa rede, com base em décadas de experiência”, pontua o CEO da Cisco, Chuck Robbins.

 

A Segurança da Informação é um dos pilares estratégicos do novo posicionamento da Cisco. Essa semana, a companhia apresentou a Cisco Digital Network Architecture (Cisco DNA), uma nova geração de soluções de infraestrutura de rede baseada em intenção. A plataforma conta com o módulo Encrypted Traffic Analytics (ETA), que promete resolver um dos maiores desafios da segurança de rede: identificar malwares em tráfego criptografado.

 

Segundo David Goeckeler, VP Sênior e general manager da Cisco, essa iniciativa culmina o trabalho de milhares de engenheiros, a conquista mais significativa da última década da equipe de desenvolvimento. “Bloqueamos cerca de 3 trilhões de ameaças e cada vez que um incidente é detectado, o sistema imediatamente identifica e protege toda a rede. Com o uso de softwares que encontram acessos indevidos, já conseguimos reduzir 48% das ameaças à Segurança dos nossos clientes”, acrescenta Ruba Borno, VP e líder da equipe do CEO da Cisco.

 

A rede baseada em intenções da Cisco é fruto de diversos investimentos para proporcionar mais segurança, incluindo toda infraestrutura de IP, switches, roteadores, pontos de acesso sem fio e conectividade de diversos dispositivos de IoT. A plataforma Cisco DNA conta com recursos de machine learning para que a tecnologia aprenda com os usuários a fim de entregar aquilo que faz sentido pra organização, de acordo com suas demandas.

 

“Nossa missão é fornecer uma nova arquitetura de rede verdadeiramente segura e inteligente, para que as empresas possam avançar nos negócios digitais com mais confiança”, conclui Chuck Robbins.

 

* Léia Machado viajou para Las Vegas a convite da Cisco

 

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