Cibersegurança não se encerra no ambiente digital

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Na visão do CEO e Fundador da Figital Segurança, Giovani Montoneri, o mercado brasileiro precisa avançar nas estratégias de defesa para uma visão mais holística e integrada entre proteção física e lógica. Essa é a proposta da companhia recém-lançada em São Paulo

A preocupação com a Segurança da Informação embarcada nas novas tecnologias operacionais está cada vez mais no radar de Líderes de Cibersegurança em diversas verticais de negócio. Essa visão vai além dos tradicionais setores industriais e de infraestrutura crítica, alcançando também verticais como Varejo, Saúde, entre outros.

Todavia, nem sempre essa incerteza chega com o devido peso às mesas diretoras do negócio, que precisam responder de forma célere as demandas de mercado com soluções inovadoras e ofertas cada vez mais vantajosas ao usuário. Nesse processo, as questões de proteção – tanto digital quanto física – perdem valor na linha de produção de novos produtos.

É esse posicionamento que o CEO e Fundador da Figital Segurança, Giovani Montoneri, trouxe ao apresentar ao mercado a nova empresa. Na visão do executivo, a proposta para as empresas com operações físicas e digitais é trabalhar mais a inovação casada com os vários níveis de defesa.

“O board precisa ser sensibilizado de que a Cibersegurança não se encerra mais no meio digital, pois o cuidado dela envolve também controle de Data Centers, monitoramento de acessos a salas e departamentos físicos usando documentações específicas, entre outros. Se não agirmos com uma visão de proteção 360, as vulnerabilidades físicas também podem comprometer os meios digitais”, comentou Montoneri, em entrevista à Security Report no lançamento da empresa, em São Paulo.

Visando se inserir de forma mais participativa na Segurança corporativa, o executivo propõe uma abordagem holística, trabalhando não só a defesa de ambientes físicos, como Data Centers e dependências da companhia, como também os ambientes e infraestruturas digitais. Essa atuação deve contar com o mesmo olhar de monitoramento.

A coordenação dos setores Físico e Lógico ainda precisa considerar as necessidades singulares das verticais, uma vez que cada caso lida com exigências únicas e investimentos variados em tecnologia. Assim, a proposta deve ser personalizar cada projeto de Cibersegurança segundo as dores sentidas pelo próprio cliente.

“Um exemplo claro de risco é o segmento de Varejo. Este é um dos campos mais visados pelos ciberataques no Brasil devido à forte expansão de faturamento e credibilidade. Isso atrai muitos cibercriminosos interessados em lucrar às custas dos danos sofridos. Além disso, abdicar tanto da Segurança Física quanto da Digital não é uma maneira de acelerar a produção. A proteção precisa caminhar junto da velocidade da inovação”, explicou o CEO.

Falando do setor de atuação da Figital, o Diretor Comercial da Organização, Eduardo Campoy apontou certas deficiências do mercado brasileiro em relação a uma proteção mais integrada desses universos. Mesmo existindo players bastante maduros no setor, a grande maioria ainda enfrenta desafios com maturidade em Cyber.

“É necessário que essas duas posições caminhem juntas, pois o meio físico é um dos pontos mais falhos em Cibersegurança. Em casos de ambientes com pouco controle de acesso, como na Indústria, um indivíduo poderia se conectar fisicamente a uma máquina e usá-la para comprometer as operações de toda a estrutura. A ideia é elevar os padrões de proteção em toda a empresa, já que o mundo Cyber não se encerra no físico, e vice-versa”, encerrou Campoy.


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