Cibersegurança é prioridade de investimentos em empresas de petróleo e gás

Pesquisa da Accenture com 255 C-Levels de 47 países mostra que o aumento significativo em resiliência cibernética está associado a um interesse crescente dessas empresas na proteção de seus ativos e em sua reputação

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Não é à toa que o mercado de cibersegurança vem crescendo exponencialmente, ocupando o topo das prioridades dos decisores. O cenário de ataques robustos e questões regulatórias demandam investimento em tecnologias e pessoas, além de revisão de processos, principalmente em grandes empresas dos mais diversos setores, em especial, do segmento de petróleo e gás.

 

Uma nova edição do estudo Accenture Upstream Oil and Gas Digital Trends Survey 2019 revela que a cibersegurança é o principal foco de investimentos na área de digital em empresas petróleo e gás, apontada por 61% dos entrevistados como foco de investimentos nas organizações, resultado cinco vezes maior que (12%) em 2017.

 

O relatório sugere que o aumento significativo em resiliência cibernética está associado a um interesse crescente dessas empresas na proteção de seus ativos e em sua reputação. A cibersegurança também fica à frente de outras soluções digitais nos resultados relatório como a tecnologia que tem maior impacto no desempenho dos negócios, indicada por 16% dos entrevistados em 2019 ante 9% em 2017.

 

O relatório sobre tecnologias digitais nesse mercado baseia-se em um levantamento global com 255 profissionais do setor de 47 países, incluindo executivos C-level, líderes funcionais e engenheiros.

 

Com o avanço desses investimentos em segurança virtual, apenas 5% dos entrevistados enxergam a vulnerabilidade a ataques cibernéticos como o maior risco à falta de investimentos em digital ꟷ um terço a menos que os 18% dos executivos que fizeram essa mesma afirmação em 2017. Isso explicaria porque apenas 35% dos entrevistados planejam investir em cibersegurança ao longo dos próximos três a cinco anos.

 

“À medida que aumentam as ameaças às operações das empresas de petróleo e gás, a resiliência cibernética torna-se mais importante para seus stakeholders, consumidores e governo”, afirma Rich Holsman, diretor e líder da prática digital para a área de Resources na Accenture.

 

Segundo o executivo, a gestão desse tipo de ataque não é apenas uma questão de proteger reputação, valor das ações e operações, mas parte de uma responsabilidade maior que essas empresas têm com serviços e segurança nacional. “Produtoras desse setor precisam manter os investimentos em medidas de cibersegurança de forma consciente e substancial, já que costumam subestimar sua exposição a esse tipo de ataque”, completa.

 

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