Cibergolpes e fraudes atingem mais de sete milhões de brasileiros, alerta estudo

Golpes com cartões clonados, anúncios falsos e campanhas enganosas se tornam mais sofisticados ao explorar emoções humanas; especialista alerta sobre os principais riscos e como se proteger

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De acordo com dados da CNDL/SPC Brasil, mais de sete milhões de brasileiros nas principais capitais do país foram vítimas de fraudes financeiras nos últimos 12 meses. Segundo a ISH Tecnologia, são fraudes que se intensificam, tanto em quantidade como complexidade, à medida em que os criminosos aprimoram as tecnologias usadas.

 

O mesmo levantamento revelou alguns tipos de golpes financeiros que são mais frequentes. Entre os sete milhões de vítimas, mais de dois milhões  já tiveram seus cartões clonados e mais de um milhão já comprou um produto com base em anúncios falsos nas redes sociais, ou ter recebido o aviso de uma transação financeira feita sem sua autorização.

 

“Tanto o ato de entrada de recursos financeiros, como sua saída, têm sido algumas das maiores preocupações dos brasileiros”, afirmou Paulo Trindade, Gerente de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia, companhia nacional de cibersegurança.

 

Principais tipos de golpes financeiros

O especialista explicou que os golpes financeiros tendem a se originar de algumas estratégias comuns utilizadas por criminosos, desde o acesso indevido a dispositivo eletrônico, o uso de redes desconhecidas, roubo de documentos, golpes com o cartão físico.

 

Além dos golpes aplicados por agentes maliciosos utilizam gatilhos emocionais engenhosamente arquitetados para explorar nossas vulnerabilidades. Os atacantes sabem que, ao manipular emoções como medo e empatia, podem fazer com que vítimas tomem decisões precipitadas e descuidadas.

 

Diante disso, desastres naturais ou crises humanitárias, ou mesmo contando histórias comoventes de pressão para bater metas, são usadas por golpistas se aproveitam da empatia e boa vontade das pessoas. Eles criam campanhas de doação fraudulentas, incentivando as vítimas a fazer doações para causas aparentemente nobres ou podem se passar como agentes oficiais de sites de venda online.

 

Prêmios e sorteios são utilizados em golpes por meio de mensagens que informam a vítima, mesmo que não tenha participado de nenhum concurso, para resgatar o “prêmio”. A partir daí é solicitado uma taxa de processamento ou fornecer informações pessoais. A recomendação do especialista é desconfiar de notificações de prêmios inesperados, e verificar a legitimidade da oferta com a empresa responsável pelo suposto sorteio.

 

Os golpistas também atacam as emoções de solidão e busca por relacionamento. Em sites de namoro, eles criam perfis falsos e, após ganhar a confiança da vítima, inventam histórias emocionantes e pedem dinheiro para resolver uma “emergência”.

 

Segundo Paulo Trindade, proteger-se desses golpes requer cautela na interação online e nunca compartilhar informações financeiras. O mesmo cuidado com gatilhos de urgência se aplica especialmente se for alguém não conhecido pessoalmente pelo usuário.

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