Terceirizados se consolidam como brecha eficaz de ataque, aponta vendor

Trabalho conjunto e rapidez na detecção de ameaças são fundamentais para resposta eficaz

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As parcerias com empresas terceirizadas oferecem inúmeros benefícios, mas podem expor as organizações a riscos significativos se esses terceiros forem vítimas de uma violação de segurança cibernética. De acordo com a Appgate, as organizações que buscam proteger suas redes contra a infiltração de agentes maliciosos via terceiros estão usando o Zero Trust Network Access (ZTNA) para reduzir as superfícies de ataque e ocultar recursos de usuários e dispositivos não autorizados.

 

Muitas vezes, o objetivo dos ataques cibernéticos por meio de terceiros é encontrar um backdoor para exfiltrar dados de alto valor das organizações. Na maioria dos casos, esse tipo de investida passa longos períodos sem ser detectada pelos clientes das empresas terceirizadas, o que pode gerar um impacto ainda maior, incluindo perdas financeiras.

 

Em muitos casos, tais violações são resultantes da negligência da empresa terceirizada. “Quando as organizações confiam seus dados a parceiros e fornecedores, é esperado que haja medidas de segurança robustas em vigor. No entanto, se os terceirizados não contarem com uma proteção adequada, isso elevará o risco para ambas as partes”, alerta Marcos Tabajara, country manager da Appgate no Brasil.

 

Segundo a empresa, entre os riscos mais comuns estão os ataques à cadeia de suprimentos, que podem ocorrer por meio de atualizações de software comprometidas, hardware falsificado ou mesmo pessoas mal-intencionadas dentro da cadeia. Phishing e preenchimento de credenciais direcionadas aos terceirizados também são uma preocupação significativa. “Os hackers geralmente empregam táticas de engenharia social para enganar os funcionários dos fornecedores e fazê-los abrir informações confidenciais ou conceder acesso a seus sistemas. Quando os invasores conseguem se estabelecer na rede de um fornecedor, eles passam a visar as empresas que contratam seus serviços”, explica Tabajara.

 

O executivo da Appgate listou como cinco orientações para aumentar a segurança cibernética das organizações e de seus terceirizados a implementação de uma estrutura de ZTNA; avaliação e gerenciamento dos riscos; realização de programas regulares de treinamento; revisão e atualização de planos de resposta; e criação de canais de comunicação.

 

O Acesso de Rede Zero Trust (ZTNA) oferece vantagens importantes na redução dos riscos de segurança de terceiros. Ele fornece controle granular e visibilidade sobre o acesso do usuário, permitindo que as organizações apliquem políticas de privilégio mínimo, limitando o dano potencial e o movimento lateral que podem ser causados por terceiros comprometidos que acessam a rede de uma organização por meio de VPNs inseguras. Além disso, o ZTNA garante que todas as conexões sejam criptografadas e autenticadas, minimizando o risco de acesso não autorizado e extração de dados.

 

As organizações devem realizar uma avaliação completa de seus terceirizados, identificando aqueles que têm acesso a sistemas e dados críticos. Esse parecer deve incluir a análise das medidas de segurança em vigor e o nível de acesso de cada terceirizado. Os fornecedores de alto risco devem estar sujeitos a requisitos de segurança mais rigorosos, incluindo auditorias e avaliações regulares. Isso garante que os fornecedores sejam responsabilizados pela manutenção de uma postura de segurança sólida e pelo tratamento imediato de quaisquer vulnerabilidades.

 

A conscientização dos funcionários é fundamental para instruir a equipe sobre os riscos associados a interações com terceiros e a importância de seguir os protocolos de segurança estabelecidos. Além disso, deve-se incluir disposições específicas para ataques cibernéticos de terceiros, garantindo que a organização esteja preparada para responder de forma rápida e eficaz no caso de uma violação envolvendo um fornecedor ou parceiro.

 

As organizações também devem reforçar seu ecossistema de segurança com feeds de inteligência contra ameaças e ferramentas de análise para monitorar proativamente sinais de comprometimento em suas redes e relacionamentos com terceiros. Isso permite a detecção precoce de possíveis ameaças e possibilita medidas imediatas para reduzir o risco.

 

As organizações devem ainda promover uma abordagem colaborativa da segurança cibernética com seus fornecedores. Isso inclui o compartilhamento de inteligência contra ameaças e a realização conjunta de avaliações de vulnerabilidade e elaboração de planos de resposta a incidentes. “Ao trabalharem juntos, as empresas  e seus fornecedores podem abordar e mitigar com eficácia os riscos de segurança cibernética de terceiros”, conclui Tabajara.

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