A Casa Branca iniciou uma investigação interna sobre o uso de e-mails particulares por assessores de primeiro escalão do governo, retirando dos servidores da Casa Branca e-mails enviados e recebidos em suas contas pessoais, disse o site Politico na quinta-feira (28).
Citando quatro autoridades não identificadas, o Politico relatou que o trabalho começou nesta semana, depois que o próprio site revelou que Jared Kushner, genro e assessor próximo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros altos assessores da Casa Branca usaram e-mails particulares para trocar mensagens sobre assuntos de governo.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, quando questionada se Trump está preocupado com os relatos sobre estas comunicações, disse a repórteres mais cedo na quinta-feira: “A Casa Branca foi clara e instrui todos os funcionários a cumprirem plenamente a Lei de Registros Presidenciais. Todos os funcionários foram informados sobre a necessidade de preservar estes registros, e continuarão a fazê-lo”.
Durante a campanha eleitoral de Trump em 2016, o empresário republicano do setor imobiliário atacou a então rival democrata Hillary Clinton por ela ter usado um servidor de e-mails particulares para correspondências oficiais quando foi secretária de Estado do então presidente Barack Obama.
Mais tarde se verificou que algumas mensagens de Hillary continham informações confidenciais.
O inquérito da Casa Branca pode demorar várias semanas ou até meses para ser finalizado, já que as autoridades buscam todos os e-mails enviados ou recebidos sobre questões governamentais, segundo o Politico.
“O escritório do conselho da Casa Branca está analisando as contas para determinar se as mensagens são pertinentes para quaisquer investigações, como os inquéritos em andamento sobre a Rússia conduzidos pelo Congresso e pelo assessor especial Robert Mueller”, informou o Politico.
Mueller está investigando a suposta interferência russa na eleição do ano passado e o possível conluio com associados de Trump. A Rússia negou toda e qualquer iniciativa do gênero, e Trump refutou qualquer insinuação de conluio.
* Com informações da Agência Reuters