Brasil registra aumento de vítimas de ransomware, afirma pesquisa

Relatório aponta que diversas organizações brasileiras foram afetadas em 2024, com destaque para a atuação de 30 grupos criminosos na dark web e riscos críticos à continuidade de serviços essenciais

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Novo relatório da Kaspersky Digital Footprint Intelligence destacou as ameaças encontradas na dark web. A pesquisa revelou um crescimento alarmante dos ataques de ransomware direcionado a empresas no Brasil. Os dados mostraram um aumento de 69% nessa atividade no ano passado e demonstra a crescente sofisticação e frequência desses crimes.

 

De acordo com o relatório, o Brasil testemunhou um número alarmante de ataques de ransomware, que afetaram 105 organizações. Esse número representa uma escalada preocupante segundo os especialistas, considerando com os 62 casos em 2023 e os 39 em 2022. Isso foi explicado pelo fato de haver nove empresas recorrentes, ou seja, que sofreram dois ataques no período de um ano.

 

A pesquisa mostrou que o setor de saúde, incluindo hospitais, é o mais visado pelos cibercriminosos entre os dez segmentos encontrados. O segmento conta com 15% dos ataques no país, o que representa uma ameaça direta à vida dos pacientes e à continuidade dos serviços essenciais. Os demais setores no ranking são o financeiro, varejista e de construção civil, juntamente com prestadores de serviços profissionais e técnicos (como escritórios de contabilidade, marketing, advocacia e consultoria).

 

A análise também identificou 30 grupos de ransomware operando no Brasil, com destaque para RansomHub, Arcus Media, Lockbit 3.0, Quilong e Eraleign, responsáveis por 53% das atividades. Especialistas explicaram que a principal motivação por trás dos ataques é o ganho financeiro, seja por meio do pagamento de resgate ou da venda de dados roubados na dark web.

 

“O cenário de ataques exige uma resposta rápida e proativa de todas as organizações brasileiras, pois o ransomware é uma ameaça que deve ser evitada, uma vez que não há o que fazer após os dados serem bloqueados. Para isso, as empresas precisam conhecer as principais técnicas e criar estratégias eficazes de proteção”, comentou João Brandão, analista do time Digital Footprint Inteligence no Brasil.

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