O Banco Central de Bangladesh encerrou um contrato com a empresa norte-americana de cibersegurança FireEye para investigar o roubo de 81 milhões de dólares em recursos do país ocorrido em fevereiro, e recusou uma proposta para prorrogação do contrato, afirmou uma autoridade nesta segunda-feira.
Mais de quatro meses depois que hackers invadiram sistemas de computadores do Banco de Bangladesh e transferiram dinheiro que estava em contas no Federal Reserve de Nova York, investigadores em Bangladesh e nos Estados Unidos ainda tentam identificá-los.
A divisão Mandiant da FireEye tinha pedido mais 570 horas de trabalho adicional para completar a investigação sobre o maior roubo digital da história, disseram fontes da autoridade monetária anteriormente.
Na semana passada, porém, o conselho do Banco de Bangladesh ratificou decisão anterior de não prorrogar a validade do contrato com a Mandiant, disse nesta segunda-feira Jamaluddin Ahmed, um diretor no banco central do país.
“Foi uma decisão unânime”, disse ele, acrescentando que o banco central tinha decidido tomar ações próprias para melhorar a segurança de seus computadores.
Fontes no banco central afirmaram à Reuters na semana passada que o preço do contrato com a Mandiant foi um dos fatores para encerramento dos serviços da empresa norte-americana. As fontes afirmaram que a Mandiant recebeu cerca de 280 mil dólares pode cerca de 700 horas de trabalho.
Um porta-voz da Mandiant afirmou que a empresa forneceu ao Banco de Bangladesh e à comunidade financeira global grande volume de dados sobre o ataque.