O Brasil é um país que sofre com os ataques cibernéticos e está na mira dos criminosos que visam grandes corporações. De acordo com dados divulgados pelo Check Point Research, o índice semanal de ataques cibernéticos teve um aumento de 46%. O índice acende um alerta, já que a média global foi de 32% no segundo trimestre de 2022, bem abaixo dos ataques no Brasil.
Os dados demonstram como as empresas ainda estão vulneráveis e como os grupos aproveitaram o período da pandemia para intensificar as invasões, especialmente o conhecido ransomware, quando cibercrimonosos sequestram de forma on-line arquivos dos mais variados tipos de corporações, que ficam sem acessar seus dados, e precisam pagar resgates para recuperá-los. O Brasil leva 380 dias para conter um vazamento de dados.
Ainda segundo dados divulgados pela Check Point Research, toda semana, são registrados 1.540 incidentes de cibersegurança no Brasil, índice bem maior que a média global, onde são 1.200 ataques semanais contra empresas e organizações. Já a América Latina é a região que mais registrou aumento no número de ataques, uma em cada 23 organizações são atingidas na semana. Houve também um crescimento de 59% nos ataques ransomware no mundo uma em cada 40 organizações são vítimas desse tipo de ataque por semana de acordo com dados comparados com o mesmo período de 2021.
O gestor da área de Infraestrutura da BHS, Anderson Quintão, lembra que o ransomware além de causar um prejuízo pela perda de dados e de danos aos negócios das empresas, também provoca uma queda na reputação e imagem “Nenhuma empresa quer se expor ou mostrar ao mercado e aos seus clientes que é vulnerável e está sujeita aos ataques cibernéticos. Não há outra solução que não seja investir em segurança do ambiente de tecnologia. É igual seguro de carro, você não vai usar o tempo todo, mas estará protegido e livre de problemas”, acrescenta ele.
Os ransomwares, explica Quintão, ocorrem nas redes o tempo todo. Grupos de cibercriminosos utilizam robôs na Internet que através de iscas infiltram e atacam os mais variados tipos de empresas que estão vulneráveis e consequentemente roubam os dados. “Ao contrário que as pessoas pensam, esses ataques são automatizados e são feitos diariamente na rede, atingindo quem estiver vulnerável, independentemente do tamanho, nacionalidade, segmento ou atuação da empresa”, revela o gestor da área de Infraestrutura da BHS.
Para evitar que a empresa corra até mesmo o risco de encerrar suas atividades, Anderson Quintão lista algumas ações necessárias para implantar uma eficiente política de segurança da informação: contar com uma equipe especializada em segurança; investir em recursos tecnológicos (firewalls, software antivírus, sistemas de detecção de intrusão, filtros de e-mail e outros) e manter os ambientes de tecnologia atualizados (softwares e sistemas).
As pessoas precisam estar alertas aos seus dados, pois o vazamento de dados pessoais está crescendo. Recentemente, a chave PIX de responsabilidade de uma empresa de pagamentos foi vazada e expôs os dados de seus clientes, uma concessionária de energia elétrica do interior de São Paulo e de uma loja de vendas online, além também do vazamento de dados de 243 milhões de brasileiros cadastrados no Sistema único de Saúde (SUS) e de usuários de planos de saúde.
Para proteger os seus dados o gestor da área de Infraestrutura da BHS, Anderson Quintão explica que as pessoas precisam tomar alguns cuidados no dia a dia para evitar expor os seus dados pessoais. “Não clique em links que recebe por mensagem de textos, e-mails, ative a verificação em duas etapas, não forneça as suas senhas a terceiros e verifique as configurações de privacidades dos seus equipamentos e softwares instalados”, ressalta ele.