Nesta quarta-feira (28), a Comissão Temporária (CT), aberta pela Câmara Municipal de Bauru (SP), ouviu o depoimento de duas vítimas de um suposto ataque cibernético a mando de Walmir Braga, cunhado da Prefeita da cidade, Suéllen Rosim (PSD). O caso ocorreu em 2021. Em nota, a Prefeita Suéllen Rosin disse que não possui ligação alguma com o assunto e não tem o que manifestar a respeito.
Em depoimento à comissão, a vereadora Estela Almagro (PT) e o jornalista Nelson Itaberá revelaram como ficaram sabendo do suposto ataque e contaram detalhes da relação deles com o cibercriminoso, que teria sido contratado por Walmir Braga, que também é ex-assessor do deputado estadual Paulo Corrêa Júnior (PSD).
A CT apura se, em 2021, Braga teria contratado o cibercriminoso para invadir as redes sociais de políticos e monitorar adversários. O hacker em questão é Patrick César da Silva Brito, que chegou a ser preso na Sérvia após ter sido detido pela Interpol, mas foi solto no fim do ano passado.
Por outro lado, Walmir Braga afirmou que não teve ciência de quaisquer novas movimentações da Câmara e reitera inocência em relação às as acusações. Ele ainda pontuou que não foi intimado de qualquer procedimento formal que tenha por finalidade apurar qualquer fato.
A Comissão de Fiscalização e Justiça da Câmara de Vereadores de Bauru (SP) protocolou em outubro de 2023 um pedido de apuração da conduta do até então assessor parlamentar Walmir Braga.
Segundo o documento enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em 2021, ele teria contratado Patrick para invadir as redes sociais de políticos e adversários. O caso também está sendo investigado pelo Ministério Público, mas corre em segredo de Justiça e Walmir foi exonerado após as denúncias.